Crise ambiental e refugiados proporcionam reflexão no ‘I Seminário Questões do Contemporâneo’ realizado em Sobral

0

Evento aconteceu no ‘Auditório Central’ da Universidade Estadual Vale do Acaraú

Nunca se percebeu tanto a resposta da natureza às ações destruidoras do homem em seu meio. Com o objetivo de refletir sobre temas mundiais contemporâneos, os grupos de estudos ‘GEDES’ e ‘GEPEDE’, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), pautaram refugiados, crise ambiental e reconexão com a natureza no ‘I Seminário Questões do Contemporâneo”, que aconteceu na noite da quarta-feira (18) no auditório central da universidade. Os palestrantes foram a bióloga e gerente de educação ambiental na AMA (Agência Municipal do Meio Ambiente), Margareth Muniz, que explanou uma educação ambiental por meio da reconexão com a natureza; o professor do curso de filosofia da UVA, Mateus Uchôa, que apresentou as percepções de uma estética na era das mudanças climáticas; e o também professor do curso de filosofia da UVA, Ricardo George de Araújo, que apresentou o crescente problema dos refugiados como uma responsabilidade política.
Margareth Muniz ressalta a relação da sociedade com a natureza: “Quando a gente envenena o solo, temos que se alimentar do fruto que aquele solo nos deu, se envenenamos o ar, vamos ter que respirar aquele ar, se contaminarmos a água, vamos ter que beber daquela água; vamos ter que conviver com as consequências dos nossos atos, e infelizmente o homem travou essa guerra contra a natureza e ele perde. Podemos nos reconectar por meio de uma educação ambiental orientada para reverter as mudanças da crise ambiental”, enfatiza.
Mateus Uchôa aponta os conflitos entre sujeito e natureza, em meio ao desastre ambiental, que é um processo de degradação já iniciado: “Temos que construir uma linguagem de pensamento a partir dessas questões. Não se trata mais de pensar de maneira positiva. Devemos refletir sobre nossos limites. Com a crise planetária, temos que enxergar os outros agentes não humanos ou mais que humanos”.
Ricardo George de Araújo aponta a participação do homem como parte da natureza: “Temos que pensar a partir do mundo da política, que somos responsáveis pelo o mundo em que vivemos. Vivemos em um mundo onde tudo é descartável, inclusive a vida humana, assim chegamos à crise dos refugiados. Os refugiados são problemas políticos de um ser humano que não se vendo parte da natureza, destrói o planeta terra, destrói o lado humano, não aceita a condição do outro”, conclui.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *