Canja de galinha
Visível redundância: toda canja é sopa feita de caldo de galinha. Por isso, cautela e canja nunca fazem mal a ninguém. Nesse dito popular também se pode usar caldo. Aí, então, é que entra a galinha. Fica assim: Cautela e caldo de galinha nunca fazem mal a ninguém. Pura verdade.

Caramanchão / camaranchão
As duas formas estão corretas. A primeira, mais usual; a segunda, praticamente desusada. Apesar disso, alguns gostam mesmo é de ficar no “carramanchão”, que não existe.

Morte e falecimento (qual a diferença?)
Morte serve para todos, indistintamente, velhos e moços. Falecimento é próprio dos que já viveram o bastante, aos quais alguns chamam idosos; outros, senis. Mas a maior parte usa mesmo velhos (que não é um termo adequado). Só a morte pode ser violenta; o falecimento, ao contrário, exprime apenas um efeito natural. Por isso, ninguém “falece” num violento acidente de automóvel, assim como não há “falecimento” num assassinato. Há, em ambos os casos, morte.

Catorze / quatorze; cota / quota
Ambas as grafias existem, mas a pronúncia deve ser apenas “catorze”. Portanto, mesmo que a escrita seja “quatorze”, “quota” pronuncia-se ‘catorze’ e “cota”. Sempre há, todavia, os que dizem: “kuatorze”,’kuota”, “kuociente”, “kuotidiano”, “kuestão”. A melhor pronúncia é: catorze, cota, cociente, cotidiano, kestão, etc.

Catucar ou cutucar
Ambas as formas são corretas. São também formas variantes: catucão e cutucão, catucado e cutucado. Muita gente boa pensa que as formas com “a” são erradas. Não são. São apenas menos usadas no Português hodierno.

Carroceria ou carroçaria?
Ambas corretas. Veja também: Infantaria/Infanteria, sorveteria/sorvateria joalharia/joalheria, loteria/lotaria. Todas são formas sincréticas (variantes). O sufixo “-aria” e “-eria”, em muitas palavras da língua portuguesa, permutam-se.

Todo
Em função adverbial, na acepção de totalmente, pode variar ou não: As atrizes se apresentaram na peça todo (ou todas) nuas; Ela chegou todo (ou toda) molhada; Os homens ficaram todo (ou todos) boquiabertos.

Capitão
Plural: capitães. Feminino: capitã (A forma capitoa caiu em desuso). As polícias militares, hoje, têm capitãs (mas alguns repórteres insistem em usar “a capitão”. Que fazer?

Carqueja ou carquejo?
A primeira: carqueja. Apesar de ser assim, há muita gente por aí comprometendo a saúde, tomando chá de carquejo.

Cataclismo
Note: a última sílaba é com “mo”, e não com “ma”. O mesmo se diga para aforismo. A forma “aforisma’ é grafia incorreta.

Carboidrato
Apesar de ser assim, nove entre dez professores de Biologia escrevem “carbohidrato”, quando não “carbo-hidrato”, que é ridículo.

Torna a si /Tornar em si
As duas expressões existem: A moça tornou a Uo em) si; Quando tornei a (ou em) mim, já era tarde.

Capucino / Capuchino
Aportuguesamento do italiano “cappuccino”

Característica /caraterística
Ambas as formas existem e são corretas, assim como característico e caraterístico, caracterizar e caraterizar.

Cânon / cânone
As duas formas são corretas. Plural: cânones.

(*) Graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). É, também, funcionário do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sobral (CE). Contatos: (88) 99762-2542 e (88) 98141-2183. 3614-1555

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