“Demos graças ao Senhor, demos graças!” citando São Paulo.

É imensa nossa alegria e gratidão a Deus pela abertura oficial da Causa de Beatificação do Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade, fato acontecido no último dia 14 de setembro de 2019, na solenidade da Exaltação da Santa Cruz, na Catedral Nossa Senhora da Conceição, sobral (CE), onde foi constituído o Tribunal próprio na Diocese de Sobral, com a presença de dom José Luiz Gomes de Vasconcelos e do postulador Dr. Paolo Villota; Pe. Agnaldo Temóteo da Silveira, juiz da causa; Dr. Ronaldo Frigini, notário atuário; Pe. Nonato Timbó de Paiva, promotor de justiça; Margarida Almeida Lopes, leiga e notaria adjunta; Pe. João Paulo Aguiar Bezerra, vice-chanceler. Na Comissão Histórica foi constituída pelo Cavaleiro José Luiz Lira, Dra. Ana Lúcia Frigini e Ir. Carminda Amélia Carvalho Alves, mrcj.
A presença e empenho da Madre Antonieta Carneiro Portela e da Ir. Maria de Jesus da Silva, têm sido de esforços imensuráveis para levar com amor e discernimento o andamento da Causa de Beatificação seja realizado dentro das normas da Santa Mãe Igreja. A Casa Geral tornou-se o parlatório e o fundo de arquivos e documentos referentes à causa.
Elevamos nossas preces e louvores a todos os que estiveram presentes: familiares, de Padre Arnóbio, cujo convívio foi sempre tão próximo; com as Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus, família que ele gestou no amor redentor do Coração de Cristo, com toda a Diocese de Sobral, na pessoa de nosso estimado Bispo Diocesano Dom Vasconcelos e do clero de Sobral, amor de predileção do Servo de Deus; o Pároco da Igreja da Sé, Pe. José Lucione, sempre prestativo e acolhedor; com os padres e fieis provindos das diversas paróquias e dioceses onde residem nossas Irmãs; com as Irmãs egressas, desligadas por regra, mas intimamente unidas pelo carisma e amor ao Pe. Arnóbio; com os leigos e leigas reparadores que vem descobrindo cada vez mais a espiritualidade reparadora; com os religiosos franciscanos e religiosas de congregações tão diversas na nossa Diocese; com os membros das Novas Comunidades Apostólicas da Renovação Carismática; com os amigos, parentes, fotógrafos, jornalistas e especiais admiradores de Padre Arnóbio, que soube sempre conquistar com a delicadeza de sua simplicidade e bondade; com os vocacionados seminaristas e aspirantes à vida religiosa, cujo canteiro Pe. Arnóbio cuidava com tal zelo e desvelo que se tornaram as pupilas de seus olhos flamejantes de ardor missionário. Enfim, com todos vocês que vieram celebrar conosco esse extraordinário momento de graças, o primeiro já acontecido em nossa Igreja local.
Pe. Arnóbio soube fazer de sua VIDA E MISSÃO um verdadeiro itinerário como discípulo e missionário do Mestre. Como João Evangelista auscultava o coração do Bom Pastor e hauria d’Ele todo o seu sustento espiritual que perpassava as portas do convento, do seminário, da cúria, do confessionário e sai para as “encruzilhadas” encontrar os excluídos e marginalizados, onde se encontravam as mazelas, as chagas e as feridas físicas, mentais e sociais… Sentia a dor de ver tão poucos operários para darem conta da messe.
Trabalhou com operosidade incansável. Sabia conquistar os corações pela bondade e o dom de si mesmo que comportava ascese, abnegação, renúncia e mortificação. Pregar, anunciar, confessar, curar, salvar pela urgência do Reino que vem, o Servo de Deus Joaquim Arnóbio chamava ZELO e fazia dessas atividades a sua maior realização. O desejo de reunir na unidade da comunhão fraterna “Pai, que eles sejam um, como Tu e Eu somos um” (Jo 17,21-22), levava Padre Arnóbio a convocar os seus irmãos no sacerdócio para juntos refletirem a Palavra de Deus e se confraternizarem, com o objetivo de fortalecer o ministério sacerdotal.
Cito as palavras de Pe. Sadoc, na sua reflexão por ocasião do jubileu de ouro da Congregação, parafraseando Pe. Antonio Viera: “Há dois tipos de pregadores: há aquele que em um sermão converte cem pecadores e outro em cem sermões não converte um só pecador. Pe. Arnóbio é aquele que em um sermão convertia cem pecadores. Meninos, eu vi. Eu vi a congregação nascer. Pe. Arnóbio, sacerdote exemplar. Um espelho. Hoje devemos falar não com palavras, mas com espelhos”.
Logo após a Santa Missa, o momento de grande emoção, respeito e veneração, foi aberto a caixa onde contém os restos mortais do Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade, em que foi selado pelo Bispo Dom Vasconcelos. Após a bênção final, foi colocado os ditos restos mortais no carro de Bombeiro que seguiu o cortejo de uma multidão de fieis, com padres, religiosos e leigos entre cantos espirituais até a Capela de Santo Antônio, do Centro de Educação Santo Antônio, cujo sarcófago foi abençoado por Dom Vasconcelos.
A Capela Santo Antonio acolhe os visitantes para fazerem as suas orações durante a semana, de segunda-feira a sexta-feira, nos seguintes horários: manhã – 7:30 h às 11:30 h; à tarde – 14:00 às 16:30 h. Há uma caixa para acolher os pedidos e as graças e uma urna para os donativos em prol a Causa de Beatificação do Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade.
Fiquemos com as palavras do Servo de Deus: “O importante não é só começar bem, mas terminar bem”.
*Licenciada em Letras, especialista em Neuropsicologia e estudante de Psicologia.