Diocese de Sobral adota medidas para ajudar no combate ao Covid-19

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Desde o surgimento dos primeiros casos de coronavírus no Estado, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos orientou o clero para adotar novas formas de evangelização

Por Marciley Salles

Em todo o mundo, são inúmeras as iniciativas promovidas por Conferências Episcopais, dioceses, paróquias, Ordens e Congregações religiosas, movimentos eclesiais, além de iniciativas individuais e de famílias, em favor das pessoas atingidas direta ou indiretamente pela pandemia do Covid-19.
As igrejas tiveram que se adaptar a este tempo em que estamos vivendo, e em nossa diocese, não é diferente. Em 13 de março, Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, Bispo diocesano de Sobral, publicou seu primeiro comunicado ao povo de Deus. Dom Vasconcelos, orientava aos padres e leigos para as novas medidas a serem adotadas em nossa área dicesana: durante as celebrações, na oração do Pai Nosso, orientou-se que ao invés dos fiéis darem as mãos, fossem cultivados com mais intensidade o compromisso com a fraterna comunhão. Que ao invés do abraço de paz ou do aperto de mão, buscasse fortalecer os sentimentos de fraternidade em reação ao próximo. E que a sagrada comunhão fosse distribuída diretamente na mão, tendo em vista que o novo coronavírus é transmitido não só por meio do contato físico, mas também pela saliva.
No dia 16 de março, a Diocese de Sobral, emitiu novas orientações para ajudar no combate ao Covid-19: no âmbito de nossas regiões episcopais, paróquias, áreas pastorais, capelas e comunidades foram suspendidas a realização de encontros, assembleias, via-sacra e outros eventos. Os fiéis foram dispensados de participar das missas dominicais e nos demais dias de preceito, mas poderiam participar das celebrações que seriam transmitidas pelas emissoras de rádio, pelas WEBTVs e pelas redes sociais. Mesmo com a ausência dos fiéis, foi orientado que os sacerdotes celebrassem diariamente a Santa Missa. foram suspensas também a catequese de primeira eucaristia, crisma, grupos jovens, grupos de oração e atividades semelhantes. Além de outras medidas, Dom Vasconcelos orientou que se intensificassem momentos de oração pessoal e em família para que Deus nos livre dos males que atentam contra a vida, e fortaleça os profissionais da saúde para que realizem tudo o que for necessário para superarmos a ameaça do coronavírus e de outras enfermidades.
A partir de então, as paróquias e comunidades tiveram que se adaptar a esta nova realidade. Templos, celebrações, procissões sem os fiéis. O povo de Deus teve que participar de suas casas de momentos importantes para a nossa Igreja: Festa de São Sebastião, Tempo Quaresmal, Semana Santa, Festa da Ressureição de Cristo… Tudo diferente do que costumamos a vivenciar, algo nunca visto antes.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Papa Francisco reconheceu que “não é fácil estar confinado em casa”, mas que os católicos devem “abrir novos horizontes e abrir janelas até Deus” durante o isolamento provocado pela Covid-19. “Guardem-se para tempos melhores, porque recordar o que passou vai nos ajudar. Cuidem-se para um futuro que virá, e, quando chegar esse futuro, lembrar do passado vai fazer bem”, pediu o papa. “Cuidar agora, mas para o amanhã. Tudo isso com criatividade, uma criatividade simples, inventada todos os dias. Dentro do lar, não é difícil descobri-la”, acrescentou o Sumo Pontífice em entrevista ao escritor Austen Ivereigh.

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