O Golpe Militar em Cuba e o Plano Marshall

Após a Segunda Guerra a Ordem Mundial passou a ser Bipolar. A Rússia de um lado, havia concretizado a Revolução em 1917, seguindo a implementação do regime socialista para então chegar ao comunismo, formado pela União Soviética com a Mongólia, China, Coréia do Norte, Vietnã do Norte, Romênia, Hungria, Polônia, Alemanha Oriental, Thecoslováquia, Iugoslávia, Bulgária, Angola, Moçambique e Cuba.
Do outro lado, os Estados Unidos reforçou o capitalismo e assegurou muitos países ficarem dentro da sua ideologia. Devemos ressaltar que Cuba era colônia da Espanha até 1898, tendo a sua independência a partir daí, através de José Martí, que logo o país ficou dependendo dos Estados Unidos.
“Em 1901, o Congresso cubano aprovou a emenda Platt, que permitia a interferência dos estadunidenses na sociedade cubana. Com a emenda, os Estados Unidos puderam instalar uma base militar em Guantánamo, ampliando sua presença militar no continente. A região se transformou em importante centro turístico, onde estavam presentes cassinos e casas de prostituição. Além disso, empresas estadunidenses dominavam o comércio de produtos locais, como o açúcar e o fumo.
Mesmo com a revogação da emenda Platt em 1933, os Estados Unidos continuaram a exercer grande influência sobre a ilha. Nos anos de 1930, um movimento nacionalista lutava contra a interferência estadunidense. Em 1952, Fulgêncio Batista tornou-se presidente de Cuba por meio de um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos. Instalou uma ditadura no país e mandou prender os nacionalistas que se opunham ao regime.
Foi nesse contexto que surgiram lideranças como Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, que faziam oposição à ditadura de Fulgêncio Batista. Em 1953, Castro, que era estudante da Universidade de Havana, organizou o ataque ao quartel de La Moncada, em Santiago. Foi a primeira tentativa de abalar as bases do governo Batista. No entanto, com o fracasso militar do movimento, Fidel Castro acabou preso.
Em 1955, Fidel Castro foi anistiado e partiu para o México, onde, com Ernesto Che Guevara e outros guerrilheiros, começou a organizar um movimento contra o governo cubano. Voltaram para o país em 1956 e, depois de nova tentativa fracassada contra o governo de Batista, refugiaram-se na região de Sierra Maestra, onde tiveram apoio de outros grupos guerrilheiros e de parte da população camponesa.
A partir de 1957, as precárias condições de vida da população cubana resultaram em greves, protestos e crescente apoio ao grupo revolucionário. Em 1958, os partidários de Fidel já dominavam parte da ilha, tendo criado hospitais, fábricas e escolas. No segundo semestre desse ano, os revolucionários marcharam rumo a Santiago e depois em direção a Havana, onde chegaram em janeiro de 1959. Sem ter como resistir às forças rebeldes, Batista deixou Havana sob ameaça dos guerrilheiros. Em fevereiro, Fidel Castro assumiu o poder.
Após a Segunda Guerra Mundial, o General George Marshall, que naquele momento era secretário de Estado do presidente estadunidense Harry S. Truman, elaborou um plano de ajuda à reconstrução dos países europeus atingidos pela guerra.
O governo investiu aproximadamente US$ 15 bilhões em empréstimos e doações nessa empreitada. A grande preocupação do presidente Truman era que a crise econômica que assolava os países europeus pudesse se converter em adesão aos regimes comunistas, o que colocaria em risco a supremacia dos Estados Unidos”. (Coleção Viver e Aprender – Ciências Humanas, Ensino Médio).
O Plano Marshall, como ficou conhecido, reconstruiu esses países europeus e fortaleceu o comércio entre eles e os Estados Unidos, garantindo a aceitação ao regime capitalista.
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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