Educação: violência na escola
A escola de ensino fundamental e médio no Brasil tem passado por momentos de vexame e desespero. O aluno não mais respeita o professor e este não tem a quem recorrer quando um aluno o desaponta ou o agride verbal e/ou fisicamente. O professor fica numa situação difícil sem saber por onde começar e resolver o problema. Se procura o Núcleo Gestor, nada é resolvido além de uma simples advertência ao aluno. Se resolve falar o problema com a mãe, ela já chega defendendo o filho, dizendo que ele não é de fazer tais rebeldias. Fica então, a palavra do professor contra a do aluno. E por aí vai. As indisciplinas na sala de aula continuam em todas as disciplinas, quaisquer que sejam os professores, até aqueles com mais experiência no magistério.
As atrocidades que acontecem nas escolas são das mais diversas possíveis. Exemplos: alunos brigam com alunos a tapas, dão “cadeiradas” uns nos outros, brigam usando arma como faca e canivete. O aluno desrespeita os colegas, professores, coordenadores e até o próprio diretor.
Numa escola em Sobral, já houve tiros de revólver envolvendo alunos e professores. Em outra, aluno chegou a agredir o diretor, aluno esfaquear aluno e em outra situação um adolescente pulou o muro da escola e chegou a matar um aluno a facadas.
Uma diretora de uma escola de ensino fundamental de Mucambo chegou a me dizer que as escolas só poderão funcionar sem essas barbaridades se todas tiverem apoio da polícia continuamente, pois é inacreditável o desrespeito que existe para com os professores e diretores. Todos os dias acontecem casos de violência nas escolas.
E aí, o que podemos fazer para acabar com essas barbáries que acontecem nas escolas do Brasil?
Para que a escola pública diminua, ou acabe com essa violência, seria necessário implementar algumas regras: atenuar a carga horária, fazendo a fusão do currículo de algumas disciplinas, a exemplo de geografia e sociologia; aumentar a carga horária de português e matemática; reprovar o aluno enquanto não domine bem a leitura, a escrita e a matemática; dar autoridade diferenciada ao professor; convocar os pais ausentes das reuniões mensais para saber sobre a vida escolar do seu filho; coibir algumas atitudes do aluno; contar com a presença contínua do Conselho Tutelar; ter um sistema de guarda vigilante três vezes na semana para inibir os mais ousados com a violência.
Assim, combateremos a violência e a evasão escolar. Estamos atrasados para um debate em todo o país sobre os rumos da educação brasileira. Como afirmou o Prof. Teodoro Soares neste semanário: “Tanto pela relevância como pelas circunstâncias, a educação deveria ser o primeiro tema a ser discutido com a oposição e também os aliados no Congresso e abranger toda a sociedade”. Segundo a educadora Maria Alice Setúbal, “é hora de colocar a causa de um país mais justo para os jovens acima das diferenças partidárias”.
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).
Excelente essa nova modalidade de apresentar o jornal.
Assim teremos retorno dos leitores.
Parabéns.