A família sempre é tema presente em meus escritos. O exemplo de meus pais com alegrias, tristezas, às vezes, certezas e incertezas, mas, com muita esperança é uma referência para mim. E, assim, também nós os filhos fomos buscando nossos caminhos, conservando sempre a esperança. E, desse modo, em 11 de novembro de 2019, quando nós não imaginávamos o isolamento em que estamos hoje, acompanhei minha irmã, Elisiane e meu cunhado Robério, à maternidade do Hospital da Unimed, em Sobral. Mamãe, minha irmã Maria Luiza e minha cunhada Valnice também estavam. Nem sei quem estava mais ansioso, nervoso.
E na tarde daquele dia 11, vimos, pela primeira vez, Anne Eloísa. Eu falei sobre ela já nessa coluna. Lembro-me que dizia: Virão as festas, os quinze anos e o mundo se abrirá para acolher a nova adolescente. Será que antes disso haverá rebeldia? Você irá querer um mundo do seu jeito? É compreensível se isto ocorrer. E um dia, o amor surgirá. Imagino Você pensando em também construir sua história, formando uma família. Mas, ainda vai demorar. Antes, aproveitaremos teus momentos. Ficaremos “bobos” a cada peripécia tua, do jeito que eu fiquei dos outros sobrinhos e seus avós dos outros netos, mas, dos pais serás única. És a primeira que chega para perfumar e iluminar o lar, a vida deles.
Hoje ela cresce e quando “arte” dela é uma novidade. As primeiras palavras: “Nãe, Tai, Vovó, Vô”, foram surgindo como novidade para nós. E parece que ela nos ajudou a superar as dificuldades dessa pandemia. Antes, ela passou seu primeiro natal no Monte Alegre (sítio dos meus pais). E, católicos que somos, fizemos questão de batizá-la ainda pequenina. Ela tinha quatro meses. No dia 15 de março, com a autorização da Paróquia de Guaraciaba do Norte, o amigo Pe. Antonio Irineu Martins, reitor do Santuário de Fátima de São Benedito, a batizou. Lá estávamos. Pais, padrinhos, avós e poucos, mas, sinceros amigos. O encontro no Monte Alegre após o batizado contou com a Ir. Antonieta Portela, com amigos queridos, e teve música. A alegria de dizer a uma pequenina que ela se tornou cristã era o que desejávamos transmitir e este foi o melhor presente que pudemos oferecer à Anne Eloísa que hoje, mesmo sem entender, estira a mão e pede a bênção e nós rogamos a Deus que a abençoe sempre desejando uma vida bela para ela e que a graça de Deus a conduza.
Dez meses se passaram. Seu cabelinho foi enlourecendo, os olhos azuis (herança de nossa avó materna) se firmaram. E a convivência com ela é muito interessante. Os pais de primeira viagem sofreram nos primeiros dias, mas, aí lembro a antiga canção: “ser mãe é padecer no paraíso”. Hoje ela está crescendo, feliz. Gosta tanto da companhia da priminha Isadora que enquanto mama segura-lhe a mão para que ela não vá. E ela preencheu a vida dos pais, dos avós, dos tios, de nós todos e somos felizes em dizer: “Parabéns a Você, Anne Eloísa”. Descubra este mundo, minha pequeninha. Com responsabilidade, seja feliz e quem sabe um dia Você responderá a este texto cheio de emoção, amor e carinho. Talvez até exagero tenha, mas, isso é coisa de tio-coruja. Por isso, te escrevo, Anne Eloísa, antes mesmo que saibas ler para te desejar felicidades e agradecer por sua presença neste 10º mês entre nós!

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