Em 2021, Brasil tinha 13,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs)

DESTAQUES desse levantamento do IBGE para o Ceará:
Em 2021, a proporção de microempreendedores individuais (MEIs) no estado do Ceará, no total das pessoas ocupadas, era 18,7%.
O Estado tinha 403,7 mil pessoas microempreendedores individuais.
43,0% dos MEIs do Estado estavam na atividade de Serviços e 41,4% na atividade de Construção.
A participação feminina entre os microempreendedores era de 47,3%.
Estatísticas Experimentais
Em 2021, Brasil tinha 13,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs)
Igor Ferreira e Vinícius Britto
Cerca de 13,2 milhões de pessoas trabalhavam como microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil em 2021, o equivalente a 69,7% do total de empresas e outras organizações e a 19,2% do total de ocupados formais.
De 2019 para 2021, houve crescimento do número de MEIs em termos absolutos, em participação no total de empresas e outras organizações, e no pessoal ocupado total.
A quantidade de MEIs empregadores ainda não retornou ao nível pré-pandemia. Em 2019, existiam 146,3 mil MEIs com empregado, enquanto em 2021 o número caiu para 104,9 mil.
Cerca de 50,2% dos MEIs atuavam no setor de Serviços e 29,3% deles, no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.
Já as atividades nas quais os MEIs tiveram maior participação no total de ocupados formais foram Outros serviços (60,5%) e Alojamento e alimentação (43,1%).
Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza foi a classe da CNAE 2.0 que reunia a maior parcela do total de MEIs do país: 9,1% ou 1,2 milhão. Em seguida vinham Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (7,1%), e Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (6,3%).
38,0% dos MEIs exerciam a atividade na própria moradia. As atividades de Informação e comunicação (48,5%); Educação (47,8%); e Transporte, armazenagem e correio (45,3%) eram as que mais tinham MEIs nessa condição.
14,3% dos MEIs tiveram experiência prévia na mesma atividade econômica, sendo que nos MEIs de Manutenção e reparação de veículos automotores, esse percentual é 23,8%.
A maioria dos MEIs eram homens (53,3%), da cor ou raça branca (47,6%), tinham entre 30 e 39 anos de idade (30,3%) e não possuíam nível superior completo (86,7%).
Em 2021, dos 13,2 milhões de MEIs, 9,2 milhões (70,0%) estiveram no mercado formal de trabalho no período entre 2009 e 2021. Entre estes, 37,7% possuíamm até 3 anos de tempo de serviço contabilizados no período.
Entre MEIs com data de desligamento anterior à filiação do MEI, 62,2% foram desligados pelo empregador ou por justa causa.
As ocupações prévias com maior quantidade de MEIs ativos foram vendedor de comércio varejista (154,3 mil MEIs), auxiliar de escritório (111,1 mil) e assistente administrativo (99,5 mil).
Em 2021, a taxa de entrada de MEIs foi 22,0%, equivalente a 2,9 milhões, sendo quase a totalidade de nascimentos. No mesmo período, a taxa de saída foi 6,5%, equivalente à saída de 857 mil MEIs. O resultado foi um saldo positivo de 2,1 milhões de MEIs.
Os estados com mais MEIs foram São Paulo (3,6 milhões), Rio de Janeiro (1,5 milhão), Minas Gerais (1,5 milhão), Paraná (825,8 mil) e Rio Grande do Sul (799,1 mil).
As Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais do IBGE revelam que, em 2021, havia 13,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. Esse número corresponde a 69,7% do total de empresas e outras organizações e a 19,2% do total de ocupados formais, já incluindo os MEIs. Houve altas ante 2019, quando o país tinha 9,6 milhões de MEIs, ou 64,7% do total de empresas e outras organizações e 15,2% do total de ocupados formais. Considera-se total de ocupados formais a soma do número de MEIs, seus empregados e o pessoal ocupado do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE.
Realizado pela primeira vez no IBGE, este levantamento recebe a classificação de Estatística Experimental e foi feito exclusivamente a partir de diferentes fontes de registros administrativos. “Os MEIs têm ganhado cada vez mais espaço no mercado de trabalho formal do país, mostrando uma crescente evolução. A maior parte deles está concentrada na Região Sudeste”, explica Thiego Ferreira, analista da pesquisa.
De acordo com a legislação em vigor, os MEIs podem ter até um empregado. Na comparação entre os dados de 2021 e 2019, verificou-se que o número de MEIs empregadores ainda não retomou o patamar pré-pandemia de Covid-19. Em 2019, havia 146,3 mil MEIs com empregados, enquanto em 2021 o quantitativo reduziu para 104,9 mil.
Cerca de metade dos MEIs (50,2%) estava presente no setor de Serviços em 2021. O Comércio; reparação de veículo automotores e motocicletas respondeu por 29,3%, sendo essa atividade a que apresentou o maior quantitativo de empregados dos MEIs (48,3%).
Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza predominam entre os MEIs
Dentre as 15 classes mais representativas da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0, Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza se destacou em 2021, respondendo por 9,1% do total de MEIs (1,2 milhão). Em seguida, vinham Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 939,6 mil MEIs (7,1%), e Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 827,3 mil (6,3%).
Em 2021, do total de 673 classes da CNAE 2.0, o MEI esteve presente em 206. Mais da metade dos MEIs (55,7%) estão presentes nas 15 primeiras classes e quase 75%, nas 30 primeiras.



