Governo do Ceará pede ao Ministério da Saúde inclusão de professores ao grupo prioritário de vacinação

Por Samuel Carvalho – Redação Correio da Semana
O Governador do Ceará, Camilo Santana (PT) enviou nessa quinta-feira (29) ofício a Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, solicitando que todos os professores de todos os níveis sejam incluídos ao grupo de vacinação prioritário contra a covid-19. Até o momento, o Estado do Ceará já aplicou 1,9 milhão de doses, distribuído entre idosos, profissionais da saúde e da segurança pública.
“Em todo o Brasil, as escolas já implementam o retorno gradual às aulas presenciais, o que amplia a necessidade de proteção dos docentes e, com a consequente diminuição do risco de transmissão do vírus, via vacinação, também entre os discentes”, argumentou Camilo Santana no texto também enviado à coordenadora geral do Plano Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana.
Não é a primeira vez que o governador faz esse apelo às autoridades competentes. Sendo Camilo, ele já havia pedido a mesma solicitação no fim do ano passado. “Havia enviado ofício em 30 de dezembro do ano passado com o mesmo pleito. Continuarei nessa luta para que nossos profissionais da educação sejam imunizados o mais rápido possível”, ele argumentou.
Segundo a última atualização do decreto de isolamento social do último dia 24 de abril, o governador anunciou a ampliação da autorização para aulas presenciais nas escolas até o 9º ano do Ensino Fundamental. A medida é mais um passo nas ações de flexibilização de restrições no Estado.
Em Sobral, as autoridades ainda agem com cautela em relação ao decreto estadual. De acordo com o último decreto municipal, apenas alunos até o 5º ano do Ensino Fundamental para a rede privada de ensino com limitação de 40% da capacidade de alunos por sala foram permitidos voltarem às aulas presenciais. Continuam o treinamento para profissionais da saúde, aulas práticas e laboratoriais para concludentes do ensino superior, inclusive de internato, além das atividades de berçário e da educação infantil para crianças de 0 a 3 anos em modalidade presencial como previsto anteriormente.
O retorno foi visto com preocupação e descontentamento por parte da classe de professores. Em artigo, a presidente Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará declarou que “A volta às aulas presenciais só será possível com a vacinação em massa”. “Todos nós educadores queremos voltar, e queremos voltar o quanto antes, mas precisamos voltar com garantias de vida porque os alunos não se vacinam, mas os professores que estão lá precisam se vacinar e os pais de alunos [também]. Porque tanto os alunos vão contaminar as famílias deles, como nós [profissionais da educação] vamos contaminar as nossas” declarou a presidente.



