Grupo de 32 venezuelanos chega a Sobral buscando refúgio

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Abrigados em duas casas cedidas pela Diocese de Sobral, os venezuelanos estão em busca de um lugar com condições necessárias para viver.

Um grupo de 32 venezuelanos que chegou a Sobral na semana passada é formado por 18 crianças e 14 adultos, entre homens e mulheres. Uma delas está grávida e precisa de cuidados especializados, pois nunca realizou um exame de ultrassom gestacional. Há possibilidade de outro grupo de venezuelanos está a caminho do município.
Abrigados em duas casas cedidas pela Diocese de Sobral, os venezuelanos estão em busca de um lugar com condições necessárias para viver. De início, o grupo ficou em uma casa cedida pelo proprietário, no bairro Tamarindo. Foi quando o pároco da Catedral da Sé, Lucione Queiroz, teve conhecimento da chegada do grupo no momento do café da manhã para os pobres, ação realizada pela Paróquia do Patrocínio. “Além das pessoas que estavam presentes, esse grupo todo apareceu para tomar café matinal, e aí, foi o momento que a igreja local tomou conhecimento da chegada deles em Sobral. A partir daí, começamos a ver onde e as condições sub-humanas que eles estavam” declara.
“Meu sonho mesmo é ter uma casa própria, como todo mundo tem, mas estamos um pouco melhor aqui, não estamos na rua”, esse é o sonho de Jhonny Jesus Rivas, que já mora no Brasil há um ano e três meses. Ele está acompanhado de sua esposa e mais dois filhos do casal. Segundo ele, seu irmão já esteve em Sobral e falou sobre as possibilidades que a cidade pode oferecer.
“Eu vim da Venezuela pela crise que está. Quando nós, venezuelanos, dizemos que não tem comida é porque não há nada. Não há arroz, nem frango, nem carne. E se tem, o preço é mais alto do que realmente vale”, disse Jhonny, explicando o cenário atual da Venezuela.
A venezuelana, Mariluz, ressalta a ajuda que vem recebendo desde que chegou à cidade. Grávida de nove meses, ela aguarda por uma ultrassom que estava prevista para quarta-feira (20), é o seu quarto filho, porém, o mais velho, de 10 anos, ficou na Venezuela.
A Cáritas Diocesana realizou o cadastro de todos os refugiados e, segue recebendo doações e repassando para as famílias. Além da organização, junto com a diocese, outros voluntários também estão colaborando com o transporte de doações maiores e locomoção das pessoas às consultas médicas. É o caso do jovem Erlanio Rocha, de 27 anos, que quando soube se mobilizou para ajudar. “Postei nas minhas redes sociais e consegui ajuda para eles. Um dia, fiquei aqui até tarde e, dez horas da noite, chegou gente doando roupas e alimentos”, rememoriza.
Já a prefeitura Municipal de Sobral está prestando os primeiros serviços, principalmente na área da saúde. No dia 26 de novembro, haverá uma reunião entre cinco Secretarias, junto a Diocese, para articular meios, pensando no bem estar dos 32 refugiados e do outro grupo que pode chegar a qualquer momento.

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