Herculano Costa
Envelhecer com saúde
O que é envelhecer com saúde? Qual é o segredo do envelhecimento saudável? Estas são indagações que podem surgir na mente de homens e mulheres muito antes da terceira idade, já como preocupação com a longevidade.
Isso porque, para alcançar a longevidade com maior bem-estar, é preciso adotar cuidados e bons hábitos ao longo de toda a vida.
Mas, o que significa longevidade? A longevidade refere-se à quantidade de anos que uma pessoa possa viver, geralmente acima da média esperada, para a sua época e população. O termo também pode ser usado para descrever a capacidade de viver por longos períodos com saúde e bem-estar.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2024), a expectativa de vida do brasileiro é de 76,6 anos, em média. Esse índice representou um aumento em relação aos anos anteriores.
O aumento da expectativa de vida brasileira pode ser associado a alguns fatores, tais como o acesso à informação e cuidados médicos preventivos, além da adesão a práticas que proporcionam um envelhecimento saudável, ou seja, com melhor qualidade de vida, o que nos assegura viver mais tempo. Porém, para que se tenha boa qualidade de vida é necessário cultivar os bons hábitos adquiridos ao longo da vida adulta e cultivá-los até a velhice.
Por isso, se você está se perguntando como envelhecer com mais bem-estar, a resposta é uma só: abandone hábitos que sejam negativos e prejudiciais à sua saúde e comece a cuidar do seu corpo e da sua mente.
É natural que o idoso, à medida que avança na idade em razão do envelhecimento de órgãos e de sistemas vitais, vai também sofrendo fragilizações de toda a sorte. É quando as doenças da idade vão surgindo. Geralmente o idoso não se cuida por si só. É preciso que a família se proponha a cuidar do seu idoso ou se disponha a entregá-lo a um cuidador.
Hoje em dia há pessoas que se qualificam para o trabalho de cuidadores de pessoas idosas. Cuidar dos idosos é uma responsabilidade que envolve preparação, carinho, paciência e respeito e, sobretudo, preparação técnica.
Como muitas doenças, o risco de demência aumenta significativamente à medida que envelhecemos. No entanto, o envelhecimento não significa que você desenvolverá demência. Especialmente, se você fizer certas tarefas diárias. Além de ter uma dieta equilibrada, não fumar, manter um peso saudável e ter uma vida social mais ou menos ativa, pois, estar ativo também é um fator que ajuda a reduzir riscos. E, não precisa, necessariamente, praticar esporte ou academia. Atividades como limpeza, jardinagem ou caminhada rápida já se constituem como terapias boas para a vida do idoso, segundo estudos.
De acordo com a Alzheimer’s Society, o exercício regular pode reduzir o risco de demência em cerca de 28% e a doença de Alzheimer, especificamente, em 45%.
Um estudo, publicado na revista Neurology em 2019, descobriu que as pessoas que praticavam atividades físicas na meia-idade tinham menos probabilidade de desenvolver demência mais tarde. Também descobriu que manter a mente ativa nesta idade teve um impacto.
“Nossas descobertas sugerem que as atividades cognitivas e físicas na meia-idade estão independentemente associadas à redução do risco de demência e subtipos de demência”, escreveram os autores.
Além disso, sabe-se também que manter o cérebro ativo e engajado pode ajudar a construir e manter conexões neurais saudáveis. Isso pode ser alcançado através de atividades como leitura, quebra-cabeças, jogos de tabuleiro, aprender novas habilidades ou hobbies, e participar de atividades que desafiam o cérebro.
Alguns sinais de demência: Perda de memória – Esquecer eventos recentes ou importantes, repetir perguntas ou histórias com frequência e depender de lembretes ou anotações para tarefas diárias podem ser sinais precoces de demência.
Dificuldades de raciocínio e resolução de problemas – Dificuldade em resolver problemas simples, planejar ou organizar tarefas, tomar decisões ou seguir instruções complexas podem ser sinais de declínio cognitivo associado à demência.

