Por Matheus Ribeiro, seminarista. – Seminário São José, diocese de Sobral

É a celebração da nossa fé, o verdadeiro motivo de crermos, e por que não dizer, da nossa existência. Para nós cristãos, mediante Cristo crucificado e ressuscitado, fomos libertos da escravidão do pecado, partícipes da vida divina e objetos do amor de Deus. A Páscoa da ressureição, a festa das festas, a solenidade das solenidades, a mais antiga, a primeira e a principal, como sendo o centro de todas as outras, é o mistério da cristianismo, já que, sem ela, segundo São Paulo, seria inútil a nossa fé. (I Cor. 15, 14)
Nas antigas catedrais e em algumas paróquias existe o costume de celebrar a procissão do encontro. Por um lado, vai o Santíssimo Sacramento sob o pálio e por outro vem a imagem da Santíssima Virgem. No momento do encontro, o coro e o povo entoam o “Regina caeli, laetare, Alleluia” (Rainha do céu, rejubila-te, Aleluia). É a Igreja que se une ao júbilo da Santíssima Virgem por razão da ressurreição do seu Filho. Outra característica da festa da Ressurreição é a nossa esperança. Podemos considerar que, se Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos. Caros leitores, Cristo nos concedeu a abertura do céu, a participação da Sua vida divina e ainda a grande graça de fazer-nos dignos de um dia contemplá-Lo na visão beatífica. Isto se deu devido sua morte e ressureição. “(…) como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova.”
Tudo se renova no Tríduo Pascal. Quinta-feira Santa, celebramos o sacramento do amor, onde Jesus inculca-nos a perfeição da caridade fraterna na própria noite em que institui a Eucaristia. Na Sexta-feira Santa, procuramos penetrar mais profundamente no mistério da Cruz. É neste martírio atroz que dentro de poucas horas despedaçou o corpo de Nosso Senhor; a agonia do horto que se seguiu o beijo traidor de Judas e que se consumou no seu inteiro abandono ao Pai, fez-nos sentir na alma a dor e o sofrimento do Filho de Deus. Depois seguimos no Sábado Santo, um dia de transição entre as angústias da Sexta-Feira e gloriosa Ressureição. Nas matinas do Sábado Santo, alude-se à paz do sepulcro. Neste dia nos recolhemos em oração esperando a grande vitória de Cristo. E por fim, o domingo da ressureição, pedimos nesse dia a dignidade de participar do gozo da ressureição de Nosso Senhor, é o dia da vitória do Senhor. A Páscoa marca a cada ano a renovação de nossa vida espiritual, na busca de Deus. “Este é o dia em que o Senhor fez: exultemos e alegremo-nos Nele”.

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