Litro da gasolina deve chegar a R$ 9,00 no Ceará após reajuste da Petrobras

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gasolina nos postos

Redação
Correio da Semana

O preço do litro da gasolina deve chegar à máxima de R$ 9 nos postos do Ceará após o reajuste anunciado na última quinta-feira (10) pela Petrobras. Os consumidores sentirão o aumento em até uma semana, conforme previsão de Bruno Iughetti, consultor na área de Petróleo e Gás.
“O reajuste será aplicado só amanhã nas refinarias, mas o consumidor sentirá no prazo de até uma semana em razão dos estoques. Contudo, nada impede que o mercado reaja quase imediatamente a partir desta sexta-feira”, disse Bruno Iughetti. Ele pondera, que apesar do reajuste, a população já se depara com a gasolina de até R$ 8 nas bombas.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no último dia 5 de março, o custo médio da gasolina era de R$ 6,54, nos postos cearenses. Já o valor máximo observado foi de R$ 7,23.
Além do reajuste, os custos logísticos, de distribuição e impostos incidirão sobre o preço final do produto. Iughetti lembra que a alta já era esperada devido aos impactos negativos da guerra entre Rússia e Ucrânia. O conflito no leste europeu fez com que o preço do barril do petróleo do tipo Brent — referência global — disparasse. Isso tem efeito direto sobre o valor do combustível, além da inflação brasileira.
A presidente do Conselho Regional de Economia Ceará (Corecon), Silvana Parente, lembra que o custo dos combustíveis já pressionava a inflação antes da guerra da Rússia contra a Ucrânia estourar, com uma defasagem de 30% e 40% nos valores da gasolina e do diesel, respectivamente, após quase dois meses sem acréscimos.
“Então, a decisão da Petrobras de elevar o preço já era esperada. A grande questão é como conter essa escalada daqui para frente. O governo está numa encruzilhada porque a questão da guerra exacerbou esse problema”, avalia. Silvana lembra haver discussões para redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Mas isso tem repercussão nas contas dos estados e depende de decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)”, observa.
Outra saída encontrada por Silvana é o incentivo do uso de energia limpa, porém se depara com medidas como reformas tributárias e a própria questão estrutural da geração de energia. «Uma questão estrutural com medidas emergenciais e que requer uma discussão maior, envolvendo a reforma tributária, discussão da matriz energética para estimular a produção de energia limpa, como o álcool, etanol, biodiesel e outras renováveis”, ele pondera.

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