Ministério da Saúde afirma inicio da vacinação de crianças ainda em janeiro de 2022 sem prescrição médica

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.
Por Samuel Carvalho
Redação Correio da Semana
O Ministério da Saúde anunciou na última quarta-feira (5) que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 no Plano Nacional de Operacionalização deve começar em janeiro deste ano com intervalo de dois meses (oito semanas) entre a primeira e a segunda dose. Nas crianças sem comorbidades será realizada a imunização por faixa etária: De 10 a 11 anos; De 8 a 9 anos; De 6 a 7 anos; De 5 anos sob o uso da vacina da Pfizer.
O texto disponibilizado pela pasta diz que “para a imunização desse grupo será necessária a autorização dos pais” e acrescenta que “no caso da presença dos responsáveis no ato da vacinação haverá dispensa do termo por escrito”. O documento também orienta que os pais procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização, porém não exige prescrição médica para realizar a vacinação.
A vacinação de crianças vai acontecer de forma decrescente assim como aconteceu com adultos e priorizará grupos com deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivem no lar com pessoas com alto risco de evolução grave de Covid-19. “As nossas crianças, que são o futuro do Brasil, merecem uma ênfase especial, porque esse público precisa ser atendido com uma vacina específica”, disse o ministro Marcelo Queiroga.
“A vacina para as crianças é produzida pela Pfizer e tem uma dosagem diferente daquela distribuída para adultos. A vacina foi aprovada pela Anvisa e logo após essa aprovação o Ministério da Saúde fez uma consulta pública, depois fizemos uma audiência pública com diversos profissionais e a partir das informações obtidas na audiência pública e com total atenção ao que foi dito pelo ministro Lewandowski estamos aqui” afirmou Queiroga.
O Ministério da Saúde previamente orientou que houvesse a obrigatoriedade de uma receita médica para a vacinação nos menores de 12 anos. Contudo, foi aberta uma consulta pública para que a sociedade civil opinasse sobre a decisão. O Ministério informou que a maioria, das quase 100 mil contribuições feitas na consulta pública, foi contrária à exigência de uma receita médica. Além de a maior parte dos especialistas, ouvidos no painel, manter o mesmo posicionamento da Anvisa e indicarem a vacina infantil.
O imunizante para crianças será diferente daquele usado nas pessoas maiores de 12 anos. A dosagem da vacina para esta faixa etária será ajustada e menor (um terço). Segundo a Anvisa, a proposta é ter frascos diferentes, com dosagem específica para cada grupo. Os frascos serão diferenciados pela cor roxa para adultos e adolescentes e laranja para crianças, segundo a Pfizer.



