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Constituiu-se uma preocupação com a crise ambiental de nível mundial. Ou seja, a degradação do Meio Ambiente pelo ser humano. Menos por suas causas, mais por seus efeitos, a crescente deterioração da qualidade de vida foi tema vivo no debate no “Acordo de Paris”, que teve como objetivo fortalecer a resposta global às ameaças das mudanças climáticas.
Recentemente, o G7 do Meio Ambiente, debateu sobre a crise ambiental. Dentre os temas estavam o desmatamento, a poluição de plásticos e proteção de recifes de corais. Não apenas as Nações Unidas, como organizações não governamentais, entidades estatais, debruçaram-se na busca de soluções para o grave problema da preservação do planeta Terra.
Os temas são realmente preocupantes, por serem umbilicalmente ligados às necessidades fundamentais do ser humano. Estima-se que os habitantes da povoada região do Ruhr, na Alemanha, estejam ingerindo uma mesma água várias vezes recicladas. Verdade ou não, sabe-se que o preço desse precioso líquido, no continente europeu, tem surpreendido os turistas do mundo inteiro.
As anomalias climáticas recentemente observadas na Austrália, uma grande região foi fustigada por um clima seco e da alta temperatura, que elevaram um grande incêndio, provocando enormes danos materiais, trazendo um potencial perigo à integridade física da população, matando pessoas e milhões de animais. Isso deixa uma enorme perda para o meio ambiente do mundo inteiro.
No âmbito dos países americanos, o Brasil, que foi sede do histórico encontro conhecido como ECO-92. Mas, faz diferente, ainda desponta como um dos principais agressores da fauna e da flora, a exemplo, as queimadas da Amazônia. O problema vem se agravando ao longo das últimas décadas, reside nas consequências danosas à própria qualidade de vida brasileira e da população do mundo inteiro.
Enquanto isso de um lado está aqueles, que se manifestam piedosos e defensores do Meio Ambiente se escandalizam com o aquecimento global causado pelo efeito estufa e se comovem com a caça às baleias ou com os pandos que morreram no terremoto na China, mas não se preocupam com o império do consumo das sacolinhas de plásticos, para serem jogadas nos rios, para não falar dos sempre poluidores celulares que somos bombardeados pelas operadoras para trocar de aparelhos a cada seis meses. E dá-lhe quinquilharia no lixo, sem sua destinação correta.
Como se sabe, frente as grandes quantidades de resíduos jogados nos rios, os ambientalistas do mundo todo discutem, hoje, formas para reduzir os agentes poluidores em todos os níveis, estando no topo da listagem à destinação do lixo produzido.
Segundo, o ambientalista Marcos Aurélio, presidente da ONG Liberta, não existe um sistema político que incorpore a ecologia em suas politicas públicas. Ainda existe uma grande relutância em aceitar o Meio Ambiente como um dos valores postos à disposição dos seres vivos.
Isso vem afirmar, que a mentalidade de um sujeito que joga o lixo eletrônico é a mesma daquele que se recusa ao uso do cinto de segurança na direção do seu veículo. Ambos não têm, na sua consciência, o segmento do valor a vida. Isso explica, porque as contaminações fluviais são visíveis.
Isso faz parte de muitos centros urbanos do mundo. No Brasil o curso do alto rio Tietê, por exemplo, na região metropolitana de São Paulo, anos a fio objeto de intensa poluição, demandará centenas de milhões de dólares, simplesmente para restringir as águas ao seu estado natural. Esse problema tem causado grandes transtornos à população ribeirinha do Rio Amarelo, dos Orientais, na China. O mesmo a acontece nas pequenas cidades do Nordeste, que inclui, também, as agressões ambientais nos Rios Acaraú, em Sobral, no Ceará e a pior delas, a morte silenciosa do Rio Anil, em São Luís, no Maranhão. E o pior, os dispêndios para as recuperações recaem nos cofres públicos. Só para citar algumas violações ambientais, entre milhares espalhadas pelo mundo e no Brasil.
Sem embargo de exaltadas e muitas vezes violentas manifestações de grupos pró ecológicos na Polinésia Francesa, não questiona, o modelo do discurso ecológico, que nasceu nos Estados Unidos, numa matriz capitalista, que substituiu o primeiro carro elétrico por carro a gasolina, e mais grave, num momento em que as tribos indígenas nativas eram sistematicamente massacradas. Só pra lembrar um pouco do começo do caminho, para onde estamos caminhando.
Sem prejuízos da gravidade de tais fatos, os especialistas ambientais, dizem que, hoje, o Brasil tem uma das legislações mais avançadas do planeta, que afirmam as diretrizes a serem seguidas no tocante à preservação do Meio Ambiente. Mas o próprio Estado dá mostras de aparente desinteresse, não se sente estimulado à prática conservacionista. Por exemplo, segundo os ambientalistas, no Pantanal Sul, o Rio Taquari, tem uma extensão de centenas de quilômetros, é patrulhado, apenas, por um efetivo de quatro homens, num pequeno barco.
Na verdade, existem outros fatores que causam problemas ambientais. Novamente é o ambientalista Marcos Aurélio quem comenta. “Os fatores que determinam a manutenção do quadro ambiental atual, além, da falta de uma educação ambiental; faltam os compromissos do legislativo e do executivo, em prol de uma política pública ambientalista, para exercer uma efetiva e constante fiscalização; e apatia dos poderes públicos na adoção dos remédios judiciários disponíveis e, principalmente, as impotências dos prefeitos”.
Urge a doação de medidas enérgicas no trato como ecologia. É função do poder público incluindo em suas prioridades a educação ambiental, como disciplina obrigatória, a exemplo do que se pretende com a educação no transito. É o que faz o ambientalista maranhense Marco Aurélio, no seu humilde e ousado projeto: “Prantando Sementes”, em parceria com as escolas, a igreja e associações, que coletam óleo de cozinha saturado, para fabricação de sabão. Uma forma de ajudar um dos problemas mais complexos ambientais do nosso País.
Nesse modo de ser otimista como o ambientalista maranhense, Marco Aurélio, é de se indagar, de outro modo, porque a crise ecológica, não foi ainda contida, ou mesmo atenuada de forma satisfatória, no Brasil e nos países ricos? O que é que deu na humanidade? Será que os ambientalistas são mentirosos? Será que os poderes públicos atuais, deste planeta, são os mais pilantras da história. Afinal, o que estão fazendo os que assinaram papéis, em defesa do Meio Ambiente. Mas o alerta sobre novas ocorrências ecológicas no mundo já foi dado há muito tempo. E agora?

Jornalista, Historiador e Crítico Literário.

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