A pessoa medíocre está numa situação mediana entre a opulência e a pobreza. Ela é modesta. Mas será que ela se enquadra como modesta? Ser uma pessoa medíocre significa não ter qualidades suficientes para se destacar naquilo que se propõe a fazer, seja na vida pessoal ou profissional. Uma pessoa medíocre é vulgar, tem poucas qualidades, é uma pessoa pobre do ponto de vista intelectual. (linkedin)
Um medíocre é uma pessoa que exibe exageradamente o seu pensamento, a sua ideia como dona da verdade. Conheço muito essas pessoas que falam muito de si, se exibindo. Não são pessoas ouvintes. Não respeitam a opinião do outro. Elas estão sempre com a verdade e não abram mão da opinião delas.
Isso está acontecendo no Brasil e no mundo. Posso chamá-las de fundamentalistas. O nosso Brasil está cheio desse tipo gente. Que pena! Mas vamos partir para a dialética, que poucas pessoas compreendem e desenvolvem essa filosofia.
Segundo o platonismo, (me desculpe os filósofos: que livro chato de ler a República de Platão. Mas vou continuar lendo), a dialética é “um processo de diálogo, debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, através do qual a alma se eleva, gradativamente, das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias”.
Na dialética, todos estão à procura da verdade. Diferentemente do medíocre, que está sempre com a verdade. E assim, ele continua sendo medíocre, ou seja, pensando e achando que sabe tudo. Vamos ver o que Achiles Rodrigues escreveu a respeito da mediocridade:
“Geralmente as pessoas acostumam-se com a mediocridade. Ao estarem na média ficam felizes, sem se aperceberem que estão em uma zona de conforto onde comportamentos e atitudes da maioria são imitados e reproduzidos”.
Entregam o que pedem: entregar somente o que se pede; do jeito que pedem; nada mais, nada menos. Os medíocres agem assim.
Gostam de monotonia e rotina: se acostumar com o trivial, o comum, o dia-a-dia (o novo gera medo e trabalho).
Falta coragem: para o medíocre a falta de coragem faz parte do perfil. É sempre uma razão de desculpas.
Não assumem responsabilidades: põem sempre a culpa do problema ou da ineficiência nas situações ou pessoas.
Falta iniciativa e sobram desculpas: para o medíocre nada novo poderá dar certo; essa é uma das desculpas mais fáceis para não se fazer nada.
Não assume riscos: risco é sinônimo de desastre, não conseguem assumir riscos ainda que calculáveis.
Pessimismo: ele é um pessimista nato. É um «urubu»; consegue sentir um vestígio de “carniça” mesmo em um jardim florido.
Detesta Mudanças (síndrome de Gabriela): lembra da música? “nasceu assim, viveu assim e morrerá assim”. Fiz sempre desta forma, portanto não há outra forma.
Não se recicla: é um dinossauro, fala se veste e trabalha do mesmo modo há 30 anos. Prefere a máquina de escrever ao computador, o mimeógrafo a impressora”. Termino dizendo: é assim um medíocre.
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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