Estamos no transcorrer do mês de outubro, período em que a Igreja no Brasil chama de “Mês das Missões”, e nele damos continuidade aos meses temáticos, através dos quais nos é proposto um itinerário a ser trilhado.
No mês de agosto, mês das vocações, refletimos sobre o chamado que Deus faz a cada cristão para seguir a Jesus em uma forma específica de vida. Em setembro, mês dedicado à Palavra de Deus, fomos convidados a conhecer mais as Sagradas Escrituras. E, agora no mês de outubro, tendo sido chamados por Deus e aprofundados em sua Palavra, somos convocados à grande missão de sermos mensageiros do Reino de Deus. Ao percorrer esse caminho, cada cristão deve perceber a ação de Deus que chama, capacita, e depois envia em missão.
No primeiro dia desse mês, celebrou-se a festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, um magnífico exemplo de quem soube servir à humanidade inteira sem sair dos limites de seu claustro. A santa nasceu em 1873, na cidade de Lisieux, na França, e viveu como freira carmelita dos 15 aos 24 anos, quando faleceu, vítima de uma tuberculose. Nesses 9 anos de clausura, a jovem freira deixou uma marca profunda, através de sua oração e de sua vida ofertada pela salvação das almas e pelas intenções da Igreja.
Em 1927, dois anos após a sua canonização, o Papa Pio IX a proclama “Patrona Universal das Missões Católicas”. Não existe missão sem o amparo da oração, e Santa Teresinha cumpriu com muito ardor o divino ofício de rezar por todos os homens.
Despertar os cristãos para esse aspecto da missão é um dos objetivos da Igreja ao concentrar, em um mês, as reflexões sobre a evangelização dos povos. Percebemos, nas últimas décadas, um novo alvorecer do espírito missionário entre os católicos. O mês de outubro é o mês dedicadoa intensificar as orações por estas pessoas que levam o Evangelho aos cinco continentes e cumprem com entusiasmo e alegria aquele pedido feito pelo próprio Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” Mt 15,16.
Em nossa diocese, cresce o número de paróquias que têm como prioridade pastoral o contato com as pessoas na missão porta a porta. Cresce também, de um modo geral, o número de sacerdotes, religiosos e leigos que fazem experiências enriquecedoras nas missões além-fronteira. Cresce, na Igreja, o intercâmbio de missionários que partem para a Amazônia, África, Oriente Médio e tantos outros lugares onde Jesus Cristo ainda não é conhecido.
Certa vez, Dom Walfrido, em sua coluna “A Voz do Pastor”, neste jornal, exortou ao Povo de Deus com as seguintes palavras: “Continuemos a tomar parte na tarefa de anunciar a presença de Jesus, que trouxe para dentro de nossa história o projeto salvador. O Mestre precisa de precursores e seguidores que anunciem não a si próprios, mas Àquele que vos enviou”. O Papa Francisco, por sua vez, pede com insistência que sejamos uma “Igreja em saída”. É preciso, pois, que essa consciência cresça em nós. O mundo precisa de missionários, de verdadeiros arautos de Cristo a fim de que a boa-nova do Evangelho seja levada aos lugares e às pessoas a quem o mundo deixou esquecidos.

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