José-1

Semana passada homenageamos os sacerdotes, os padres, pater no latim, pai. Eu recordei da música “Amor celibatário”, dos padres Ilara e Zezinho: “Dizem por aí/ padre não casa, porque não ama/ ou então, não ama porque não casa/ não sabem nada/ não sabem nada de paternidade/ de maternidade, de ser irmão/ não sabem nada de dar a vida/ de viver o amor, o amor de Cristo”. Isso resume bem a forma universal de paternidade que o sacerdote abraça, lembrando, também, São José, a quem muitos teólogos atribuem a personificação do “Pai”, de Deus para Deus-Filho, Jesus. Neste campo, muito teríamos ou temos a dizer.
Mas, hoje, é véspera do dia dos pais. Por gostar de música, lembro de diversas canções, como o pai herói, de quando somos crianças; o meu querido, meu velho, com a maturidade parece se avizinhar e, até, naquela mesa, quando ele parte. É uma representação de Deus para nós. Uma vez ouvi do Pe. Fábio de Melo a expressão de que “ele tinha Deus dentro de casa”, ao referir-se ao seu pai.
Poemas e mais poemas poderíamos escrever. Músicas. Canções… Mas, penso que cada um tem sua história, tem seu herói particular. Peço permissão ao leitor para homenagear o meu herói particular. Ele não tem superpoderes, nem usa capas, não tem armas ou objetos ilusionários. É um homem simples. Nasceu de uma família simples. Aos vinte e poucos anos se apaixonou por uma jovem com características parecidas com as suas. Casaram-se e já se passaram mais de 50 anos de casamento. Meus irmãos e eu somos frutos deste casal. Meu herói foi agricultor, comerciante, aprendeu com sua amada a escrever. Diz que não sabe ler, mas, identifica o nome de cada um dos filhos. Ama-os em suas peculiaridades. É sábio sem ter lido os grandes clássicos. É um engenheiro, sem ter frequentado a faculdade. Sua medicina é a do afeto e do aprendizado da vida. É um avô extraordinário, nisto ele reproduz seu pai, meu avô. Fala com o olhar. É amado e respeitado por todos os que o rodeiam. Gosta de viver e ensina-nos a viver.
É possível alguém assim? Pode se indagar o leitor e eu respondo. É sim. E digo mais, se Você teve a felicidade de ter um grande pai, é só enxergar dentro das peculiaridades de cada um, e rapidamente encontrará este herói a quem apelidamos de Pai, Papai.
E se faltarem palavras. A quem fala tanto às vezes não se imagina faltarem palavras, recorra à canção: Pai, pode ser que daqui algum tempo/ Haja tempo pra gente ser mais/ Muito mais que dois grandes amigos/ Pai e filho talvez”… E não diria que “Você faz parte desse caminho/ Que hoje eu sigo em paz”, mas, que o Senhor ajudou a fazer este caminho no qual busco seguir em paz, observando seus passos e seguindo, em busca da paz que enxergo em seus olhos.
Papai, Sr. Izídio Ribeiro Lira, meu coração transborda de gratidão, de amor, de paz, de felicidade para homenageá-lo neste dia dos pais. O dia dos pais foi uma data criada, mas, todo dia é dia de celebrá-lo e, no meu caso, de pedir a bênção e ouvir aquela frase lapidar: “Deus abençoe! Seja feliz!”. E, “Olhando seus cabelos tão bonitos,/ Beijo suas mãos e digo/ Meu querido, meu velho, meu amigo!”
Abrace seu pai, reze por ele e se Você é pai, feliz dia dos pais! Deus os abençoe!

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