O País celebra os 197 anos de Independência do Brasil. Nossa Pátria é jovem e sua independência foi promovida por gente mais jovem ainda, posto que tinha 24 anos incompletos, o jovem Príncipe Regente do Brasil e herdeiro do trono de Portugal, cidadão português, Dom Pedro, que chegara ao Brasil em 1808, aos 10 anos. Contrariando seus patrícios, Dom Pedro proclamou a independência do Brasil e de Colônia o transformou em Império. Corria o ano de 1822, no dia 7 de setembro, o libertador chegava às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, que apresentava problemas políticos que fizeram o Príncipe ir apaziguar os ânimos. No Rio de Janeiro, cinco dias antes, a Princesa Leopoldina de Áustria, Regente do Brasil, presidiu a reunião do Conselho de Ministros que aprovara a Independência, a separação do Brasil de Portugal. A futura Imperatriz enviou uma carta a Dom Pedro, além de comentários de Portugal criticando a atuação do marido e de Dom João VI, exigindo o retorno de Dom Pedro e de sua família a Portugal, o que ele rejeitara antes. Ela, então, recomendou que Pedro proclamasse a Independência e, na carta, o advertiu: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”. D. Pedro I, corajosamente, realizou a Independência e nos tornamos uma nação soberana. Passavam-se apenas 322 anos de nossa descoberta. Nosso povo já falava a língua que se constitui a última Flor do Lácio, o Português, mas, com peculiaridade brasileira.
Nossa bandeira foi feita com o verde da Casa de Bragança, de Dom Pedro I, e o amarelo da casa de Habsburgo, de Dona Leopoldina. Musicista que era, o Imperador compôs melodia à letra do poeta Evaristo da Veiga, cujo refrão nos estimula: “Brava Gente Brasileira/ Longe vá, temor servil;/ Ou ficar a Pátria livre,/ Ou morrer pelo Brasil”. O Hino Nacional, em sua estrofe inicial, exalta a grandeza do feito de 1822: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante,/ E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,/ Brilhou no céu da Pátria nesse instante”.
Aproveito o tema para registrar que semana passada tive a grata alegria de conhecer o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais, localizado na Fortaleza de São José – Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Eu estava acompanhado do defensor público federal cearense, Carlos Eduardo Paz, meu amigo e colega de turma na Faculdade de Direito. Fomos recebidos pelo Comandante Alexandre Barbosa, contando com a mediação do Capitão de Corveta (T) Valdir Gouvêa, encarregado do Museu do CFN e participação de outros militares, entre os quais o restaurador Rodrigo Schneider, do CFN, aos quais agradeço e elogio publicamente pelo trabalho que desempenham.
Fiquei deveras emocionado com a homenagem que aqueles Heróis da Pátria fizeram à sua Madrinha que também é minha, Rachel de Queiroz, que tem busto no Museu, o mais fiel da imortal que já vi. E com as sempre sábias palavras da eterna Rachel de Queiroz, presentes no final do livro “Fuzileiros Navais – Da praia de Caiena às ruas do Haiti”, do Almirante Carlos Augusto Costa, não sem antes ecoar um Viva à Pátria, concluo este texto: “Quando se houverem acabado os soldados no mundo – quando reinar a paz absoluta – que fiquem pelo menos os fuzileiros como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram!”.

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