Sobral exige paz!

Não se pode negar, tampouco esconder a crescente onda de violência que ultimamente se instalou em Sobral, com agressões, assaltos, sequestros, tiroteios e crimes ocorrendo quase que diariamente, independentemente de local e horário. Nesta semana, por exemplos, tivemos assaltos e agressões a mão armada a empresas e pessoas da sociedade, tiroteios frequentes, toques de recolher e assassinatos que já beiram a meia centena até este mês de abril. Cito isso, mas, infelizmente, posso ter de corrigir esses números a qualquer momento, já que parece estar longe de estancar-se de vez ou, pelo menos, diminuir a violência na cidade.
O fato é que, além acenar para a fragilidade ou falência dos órgãos de segurança pública, a situação está se transformando num grave problema de saúde pública, numa epidemia silenciosa. Comprova-se isso com o grande número de crianças, adultos e idosos aterrorizados, tendendo a ficarem reclusos atrás de suas grades caseiras, que também já não oferecem tanta segurança. Enfim, transformando-se em presas fáceis de uma depressão ou algo pior.
Dentro dos seus limites, a força policial vem fazendo sua parte. Mas as estatísticas demonstram que o combate à violência em Sobral não bem atingindo o objetivo ideal. A quantidade de crimes é mais que eloquente para comprovar isso e para exigir um urgente reposicionamento dos poderes constituídos. Essa ação viria atender aos reclamos da população que já não tem mais para quem apelar.
Aumento de contingente, ocupação permanente de locais suspeitos por policiais; blitzes mais constantes; rigorosa averiguação sobre a origem de tanta arma e droga na mão de marginais e a consequente prisão dos repassadores; explicação à sociedade sobre o destino do material apreendido; descobrir algum instrumento legal, se é que existe, para barrar ou diminuir o desserviço prestado por advogados de porta de delegacias que atuam unicamente a serviço da bandidagem. E, é óbvio, o ensino da cultura da não violência e seu incentivo às crianças por pais e educadores desde a mais tenra idade.
Isso seria o mínimo a fazer urgentemente enquanto não ocorre uma radical mudança na legislação, especialmente para menores infratores e que seja adotada uma séria política de recuperação de condenados da justiça. Sem essa reforma, que requer o envolvimento de todas as pessoas de bem, a população permanecerá prejudicada pela quase condescendência das leis com seus infratores; os criminosos continuarão sem receber a merecida punição ou, recebendo-a da forma praticada hoje, continuará sendo impossível a reinserção desses homens e mulheres na sociedade.
Por fim, insisto em dizer que a paciência e o medo da população já estão nos seus limites. Extrapolados, o primeiro passo é fazer justiça com as próprias mãos. Fica, então, a pergunta: As autoridades e governantes estarão esperando que isso aconteça para tomarem as providências que o problema da violência já exige há muito tempo?
Por outro lado, é imprescindível também fazer-se a pergunta: E o que nós (sociedade) – como a parte mais afetada – fez ou está fazendo para combater tudo isso?
Vale salientar que Segurança pública é da inteira responsabilidade do Estado. Está na Constituição. Quando isso não funciona, o maior agravante é o povo cruzar os braços ou praticar a política de avestruz: enterrar a cabeça na areia ao menor sinal de perigo (ou simplesmente abaixar a cabeça, no caso dos humanos) e fingir que nada está acontecendo. Pior ainda: permanecer naquela atitude acabrunhada e derrotista de apenas resmungar “tem jeito não”, “não adianta” “é assim mesmo” é exatamente o que querem os que estão à margem da lei promovendo essa baderna nacional.
Portanto, conscientize-se dos seus deveres e, principalmente, dos seus direitos de cidadão consciente e também responsável! Lute por eles! Como diria um antigo comercial de loteria: Insista, persista e não desista! Não importa se o problema da violência é nacional ou até mundial. O importante é que cada um faça sua parte e começando impreterivelmente no seu lar, na sua rua, na sua cidade… Assim, a paz contaminará o mundo.

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