Preço da gasolina sobe pela quinta vez consecutiva e atinge o patamar mais alto do século
Por Samuel Carvalho – Redação Correio da Semana
Nessa semana a gasolina, o diesel, o gás de cozinha voltaram a registrar aumento de preço segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). De acordo com o Observatório Social da Petrobras (OSP), instituição ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais ( Ibeps) e Instituto Latino Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese), os preços dos combustíveis estão nos maiores patamares do século.
O preço do litro médio da gasolina passou de R$ 6,562 há duas semanas para R$ 6,710 na última o que significa uma alta de 2,25% e já registra a quinta semana consecultiva de alta. No ano, o valor da gasolina acumula avanço de 49,6%. Na máxima, segundo a ANP, o litro da gasolina já é vendido a R$ 7,99 – caso do Rio Grande do Sul.
Logo atrás do Rio Grande do Sul, o litro da gasolina no Rio de Janeiro pode ser encontrado a R$ 7,749. Minas Gerais (R$ 7,599), Distrito Federal (R$ 7,499) e Pernambuco (R$ 7,439) vêm em seguida aos estados já referidos com as maiores máximas. Em relação ao diesel, nas duas últimas semanas o preço do litro médio no Brasil subiu 2,45%, de R$ 5,211 para R$ 5,339. Foi a sexta semana seguida de avanço nos preços. Desde janeiro o combustível acumula alta de 48,05%. No gás de botijão (GLP), o preço passou de R$ 102,04 para R$102,48, um aumento de 0,43%. É uma alta acumulado desde o início do ano de 37%.
Eric Gil Dantas, economista do Ibeps e OSP, se pronunciou sobre os patamares alcançados pelo preço do combustível no país. “Desde março, o GLP vem mês a mês atingindo o maior valor do século. No caso do diesell, esse recorde vem sendo quebrado mês a mês desde maio. Na gasolina, o maior patamar de preço chegou em outubro. Há uma tendência de alta, se a gente pegar a evolução dos valores ao longo do mês de outubro. E ainda há espaço para mais alta da Petrobras nas refinarias”, comentou.
Na última segunda-feira (08), o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que nem ele nem seu governo tem culpa pelo aumento dos combustíveis no país. Ele também fez críticas à Petrobras e atacou o montante dos dividendos distribuídos para os acionistas da empresa. O presidente afirmou que o preço alto do combustível ocorre em todo o mundo, mas que no Brasil “pode ser menor”.