MEDICAMENTO E REMÉDIO SÃO A MESMA COISA?
Não. Medicamento é qualquer droga ou substância aplicada em alguém como remédio.
Remédio é tudo o que serve para aliviar ou curar um mal. Uma boa massagem é um remédio para o desgaste físico, assim como um banho, depois de uma longa ou dura jornada de trabalho. Observe que todo medicamento é remédio, mas nem todo remédio é medicamento.

O MORAL / A MORAL (DIFERENÇA)
É muito frequente a confusão entre o moral (substantivo masculino), que significa ânimo disposição, firmeza, e a moral (substantivo feminino) significando conjunto de preceitos de conduta considerada digna. Ex.: Uma vitória no campo do adversário deixa os jogadores com o moral elevado; A moral cristã; Moral ilibada; Qual a moral da história?

À FAMÍLIA ENLUTADA, OS NOSSO SENTIDOS PÊSAMES
“Sentidos pêsames” é coisa de “doente mental”. Na palavra pêsames já existe a ideia de sentidos, doloridos, etc. Trata-se, portanto, de redundância clara.

VIM, VIR, VIER OU VER
É comum fazer confusão e ouvir esta frase: “Se ela não vim vai ser demitida. E se tu vê ela por aí, pode avisar”.

Em primeiro lugar, vamos analisar o “Se ela não vim”. A frase está exigindo o futuro do subjuntivo do verbo VIR. Deveria ser: “Se ela não vier, vai ser demitida”. É importante lembrar que a forma “vim” vem sendo muito mal empregada. E a primeira pessoa do pretérito perfeito do indicativo (Eu vim, tu vieste, ele veio, nós viemos, vós viestes, ele vieram): Ontem eu não vim trabalhar.

Outro erro frequente é o famoso “Eu vou vim”.

Para quem não entendeu, esse erro ocorre quando o falante quer dizer “Eu vou vir”. Nesse caso, confunde-se o infinitivo (vir) com o pretérito perfeito do indicativo (vim). O melhor mesmo seria dizer “Eu irei” (= Futuro do presente do indicativo do verbo vir).

Quanto ao verbo VER, o erro mais frequente ocorre no futuro do subjuntivo: Se eu vir, se tu vires, se ele vir, se nós virmos, se vós virdes, se eles virem. Portanto, na frase “Se tu vê ela” temos dois erros: Primeiro, o verbo VER deveria estar no futuro do subjuntivo, concordando com o sujeito (Tu): Se tu vires… Também está correto: Se você vir (= Na terceira pessoa).

Segundo, o problema pessoal reto (ela) deveria ser substituído pelo pronome oblíquo, porque se trata de objeto direto: “Se tu a vires” ou “Se você a vir”. O que nos cabe, como seres inteligentes que somos, é adequar a linguagem. Em situações informais, geralmente usamos um registro popular – coloquial, que não se caracteriza pelo respeito total às normas da gramática.

(*) Professor Antônio da Costa é graduado em Letras Plenas, com Especialização em Língua Portuguesa e Literatura, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Aposentado, escreve esta Coluna todo sábado no Jornal Correio da Semana e Blog Artemísio da Costa. Contatos: (088) 99868-2517.

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