Projeto João de Barro tem ritmo acelerado em Sobral

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Construção de 29 casas de alvenaria no lugar de casas de taipa proporciona realização de um sonho e qualidade de vida para os beneficiados. Primeira etapa entregará 14 residências no dia 16 de agosto. Pedreiros e serventes trabalham a todo vapor

Observar a ação do cimento sendo misturado na areia, formando uma massa concreta bem significativa, sendo direcionada como música ao passo do reboco em uma parede agora de tijolo nunca proporcionou tanta emoção e ansiedade como está provocando em famílias do bairro Sumaré em Sobral, que por meio do Projeto “João de Barro”, estão podendo ver, no lugar onde ficava suas casas de taipa, uma nova e digna casa de alvenaria surgir. 12 pedreiros e 13 serventes, com apoio da comunidade estão trabalhando com dedicação e assiduidade para concluírem as obras o mais rápido possível.
A vereadora Alessandra Ponte enfatiza que das 29 casas que o projeto engloba, a primeira etapa já está se concretizando com a construção das 14 que serão entregues primeiro e, que o “Projeto João de Barro” já existia no bairro Sumaré há algum tempo: “É um projeto idealizado pelo padre João Batista Frota, que então buscava recursos para construir e transformar as casas de taipa em casas de alvenaria. Eu acompanhava como enfermeira da unidade a dificuldade, mas a garra dele de querer ajudar era maior. Então ao chegar na câmara como vereadora, como representante do povo, principalmente do bairro do Sumaré, que tenho um grande carinho, peguei o projeto e fui até o prefeito, convidei o padre Lucas para ir conosco, até porque precisávamos de uma parceria para poder realizar, e então ele se colocou à disposição e elaboramos novamente o projeto. Levamos até o prefeito, ele ficou maravilhado com a proposta e nos lançou esse desafio. O projeto foi para a câmara, foi aprovado por todos os vereadores, foi para a Secretaria de Habitação que tem uma parceria, e a gente vem trazendo esse resultado que eu fico muito feliz, junto com a equipe do padre Lucas”, explica ela.
O pároco da Paróquia de São José no Sumaré e diretor do Centro de Formação Humana Padre Ibiapina (CEPROHPI), ressalta que possuem 45 dias para entregarem as primeiras 14 casas e depois a mesma quantidade de dias para entregar as outras 15. De acordo com ele, o contentamento é grande ao perceber as pessoas felizes e próximas de estarem entrando em suas casas novas: “É um motivo de alegria para todos nós. Servirá de referência para outros municípios; pensando no bem das pessoas. Serão cinco ou seis ruas contempladas e, muitas dessas famílias já estão sendo acompanhadas pela prefeitura, muitas estão no aluguel social. Estão muito mais empolgadas para voltarem para casa do que nunca”, conclui.

É emocionante!
Rozanira de Sousa Dias, 45, que mora com o filho de 19 anos, acompanha toda a obra realizada na sua residência, e às vezes pensa que está sonhando: “É muito bom ver minha casa assim, porque eu não tinha condições de fazer, agora ver minha casa assim com tijolo é emocionante. Quando era no inverno a casa ficava cheia de água, andávamos por ela deslizando, e agora ter uma casa assim é muita satisfação. Teve um tempo que passei a desacreditar, mas com fé em Deus ela tá aí, sendo levantada”, enfatiza ela que aguarda em outra residência por meio de aluguel social.

É outra vida agora!
De acordo com José Alves Ezequiel, 77, “o negócio melhorou 100%, porque eu não podia levantar”. Seu José produz vassouras de palha para vender. Ele preferiu aguardar a sua casa ficar pronta esperando no fundo de seu quintal. Não vê a hora de poder colocar seus armadores e dormir em sua rede. Fazia 20 anos que sua vida se resumia em tirar água de dentro de casa toda vez que chovia, pois sua casa não tinha paredes, e o teto era uma lona: “Molhava tudo que eu tinha, agora pode é cair água, é outra vida agora!”, garante.

Não vejo a hora de entrar!
Ao observar fielmente a obra com um sorriso no rosto, seu Antônio Luiz Tomaz, 72, parece satisfeito e emocionado com o que enxerga diante de seus olhos que por muito tempo se perguntaram se veriam o sonho acontecer: “Estou pedindo a Deus que chegue a hora de estar dentro. Eu moro só, mas tenho família perto. Simplesmente não vejo a hora de entrar nela pronta”, afirma.

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