“Queremos ser uma Igreja que avança!”

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editorial cs

Nestes últimos dias, a Igreja vivencia com alegria e expectativa os primeiros dias do pontificado do Papa Leão XIV. Sua primeira aparição evidenciou as marcas de um homem sorridente, leve, pacífico e atento aos clamores da humanidade. Começou fazendo uma saudação de paz e desejando que esta paz chegasse ao coração de todas as pessoas, de todas as famílias, de todos os povos e de toda a Terra.
Nestes tempos em que a humanidade está marcada por uma terceira guerra mundial em pedaços, é bastante significativo que o Papa faça um pedido insistente pelo fim das guerras. Muito provocadora e cheia de significados foi a forma com que Leão XIV definiu, em seu discurso inaugural, a paz do Ressuscitado: “uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante, que provém de Deus. Deus que nos ama a todos, incondicionalmente”.
A forma como se referiu ao seu antecessor, bem como sua gratidão ao mesmo revelam a plena sintonia que vivia com os ensinamentos de Francisco. De fato, o pontificado do Papa Francisco marcará para sempre a história da Igreja e da humanidade, sobretudo por ter renovado a Igreja com o frescor do Evangelho, aproximando sua ação pastoral da mensagem de Jesus.
O Papa Leão XIV, em continuidade com o Papa Francisco, demonstra valores e atitudes de simplicidade, diálogo, fraternidade, respeito ao outro, amor aos pobres e sofredores, além de compromisso com a paz e com a preservação do meio ambiente. Por isso, demonstrou também o seu desejo: “Queremos ser uma Igreja sinodal. Uma Igreja que avança, que busca sempre a paz, busca sempre a caridade, busca sempre estar próxima, principalmente daqueles que sofrem”.
De fato, neste Ano Santo, a Igreja afirma que todos são “peregrinos de esperança”. A esperança implica um inclinar-se para a frente, um procurar ver mais longe e com mais precisão. Precisamos continuar a caminhada, sendo uma Igreja de peregrinos esperançosos, anunciadores da paz, promotores da justiça, semeadores do bem, profetas da salvação.
Um grupo, qualquer que seja, que permaneça fechado em si mesmo e acomodado em estruturas internas nunca poderá peregrinar na esperança. O “IDE” de Jesus ainda palpita no coração da Igreja, sempre enviada, sempre em saída, sempre indo ao encontro. É assim que Leão XIV entende que deve conduzir essa Igreja que avança. Desafios não faltam. Mas a Igreja tem uma Palavra a dizer, tem Alguém a apresentar, tem algo a propor para o mundo atual, com todos os seus avanços e desafios, progressos e feridas.
Amparado por toda a comunidade eclesial, que busca viver no cotidiano o seguimento a Jesus Cristo, o novo papa, como sucessor de Pedro, continuará a confirmar na fé os irmãos e irmãs. Continuará a testemunhar a alegria, a ternura e a paz. E continuará, especialmente, a ser um sinal de unidade a todos os que estiverem dispostos a promover a unidade.
Destacar: Precisamos continuar a caminhada, sendo uma Igreja de peregrinos esperançosos, anunciadores da paz, promotores da justiça, semeadores do bem, profetas da salvação.

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