O mês de novembro é sempre muito festejado na devoção popular para comemorar todos os Santos e render graças e orações em sufrágio dos fiéis defuntos. Para nós, Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus também não é diferente celebrar o mês de novembro, pois dia 20 de novembro é uma data muito especial: DIA DA ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO SERVO DE DEUS JOAQUIM ARNOBIO DE ANDRADE. Trazemos mais um artigo desse sacerdote amigo do Coração de Jesus e cheio de ardor missionário no anúncio do Reino de Deus.

“MONSENHOR JOAQUIM ARNÓBIO DE ANDRADE UM IDEALIZADOR, UM MISSIONÁRIO”

“Padre Arnóbio, como gostava de ser chamado, tornou-se Sacerdote de Cristo. Ungindo, tomou posse da graça que fez anunciador da Palavra messiânica.
Tinha sede de divulgar o Projeto de Revelação do Deus Prometido e encarnando no meio de nós, o Cristo que veio cumprir o Plano da Salvação. Ansiava por tornar o Filho Redentor conhecido e amado por todos. Queria mostrar a História da Salvação ao homem, caído pela queda da 1ª aliança.
Na calma e profundidade de seu olhar, expressava o desejo inquietante de expandir, numa constante, o mistério insondável do Plano de Deus, que envia o Único Filho como Cordeiro oblativo e expiatório, junto a humanidade. E o homem teria que corresponder a tamanha graça, mesmo na sua pequenez.
A começar por si, em atos persistentes de heroísmo interior, Padre Arnóbio despoja-se das coisas do mundo, abandona-se nas mãos de Deus e foca, sem reservas, a Luz do Criador. Seu alvo é o céu. Como dizia Santa Terezinha: “Ousa fitar o Sol Divino e seu coração sente todas as aspirações do amor a seu Deus”.
Padre Arnóbio desafia as dificuldades, tem atos de superação e voa nas asas da fé vocacional, em busca de realizações missionárias. Na terra, queria ser o Arauto da Palavra.
Inserido à cepa, deixa-se inundar pela seiva do amor em doação, colocando-se a serviço da messe. Calma, generoso, o “Fiat”, o “eis-me aqui”, Senhor. Prepara-se em oração, pois ele era um homem de oração e penitência. Sabia que precisava enfrentar o embate da vida. Para isso, procurava o equilíbrio na mansidão. Repetia: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação; na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mt 26, 41.
Tenta agir como “Alter Christus” (outro Cristo).
Como espírito apostólico, reveste-se da armadura de Deus e vigilante aceita a Verdade como cinturão de seus rins; a Justiça como armadura do corpo; o Zelo em propagar o Evangelho como calçado para os pés; a Fé como escudo, com a qual se protege de todas as flechas mundanas. Toma o Capacete da Salvação e a Espada do Espírito, a Palavra de Deus, como a proteção maior no combate espiritual, pois a luta não é contra a carne, mas contra o Espírito. Parafraseando o grande Apostolo Paulo, muito citado pelo próprio Padre Arnóbio, Ef. 6, 10-18, vai uma simples amostra do empenho espiritual do Sacerdote.
Padre Arnóbio tinha um perfil sereno e firme, quando falava; manso e solicito ao dar o socorro espiritual; penitente e austero, quando ao domínio de si e quando admoestava os irmãos por ele assistidos.
Abraçou o Sacerdócio com alma aguerrida em busca da santidade. Lutou até a morte para atingir o seu objetivo primeiro: SERVIR, COMO Cristo o fez. O desvelo pelo serviço à causa evangélica queimava-lhe o peito. Nunca vacilou. Em cada compromisso espiritual, mostrava cumplicidade, determinação e zelo pela Verdade, vendo em cada ser humano a Pessoa de Cristo.
Rememorando sobre o chamado ao Sacerdócio, dizia sempre: “Nasci para ser padre”.
Apascentava os que dele se aproximavam. Paciente e com sábias orientações, aliviava-lhes as tensões emocionais cujas queixas intermináveis provinham do fardo existencial ou das dores que o jugo sem Deus provoca.
Padre Arnóbio mantinha uma postura interior e compleição física que fazia lembrar o modelo nazareno, descrito nos Evangelhos. Simples, sensível e atencioso. Na medida de suas limitações humanas, jamais deixou de atender um só pedido de ajuda, sobretudo no âmbito existencial e da espiritualidade.
De coração disponível para exercer as coisas do alto, ainda nos primeiros anos de seu Ministério Sacerdotal, Pe. Arnóbio recebeu diversas atribuições, tais como, Reitor e Diretor espiritual do Seminário Dom José de Sobral, cumulando as funções de Econômo, por anos consecutivos; professor dos colégios Sant’Ana e Sobralense entre outras”.

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