SERVO DE DEUS JOAQUIM ARNÓBIO DE ANDRADE
Faz três anos da abertura oficial da Causa de Beatificação e Canonização do Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade, o Apóstolo da Reparação. Desde o dia 14 de setembro de 2019, a urna com os restos mortais de Padre Arnóbio se encontra na Capela da Escola Santo Antônio, à Rua Padre Fialho, 313, bem no centro da cidade de Sobral, a mesma está aberta para visitação de segunda-feira à sexta-feira, no horário das 8 horas às 11 horas.
Temos recebido comunicados de graças alcançadas pela intercessão do Servo de Deus Padre Arnóbio, ele que em vida soube acolher, escutar e promover a vida humana, também recorre ao Sagrado Coração de Jesus para acolher as súplices orações de seus devotos.
VIDA FAMILIAR
Lembramos aqui alguns pontos de sua trajetória no meio de nós. Joaquim Arnóbio de Andrade, filho de Joaquim Anselmo de Andrade e Maria da Penha Sousa Andrade, nasceu em Massapê, Ceará, aos 26 de abril de 1915. Foi batizado no dia 25 de Junho do mesmo ano, na Igreja Matriz de Santa Úrsula, então padroeira da paróquia, hoje, Nossa senhora do Perpetuo Socorro. Cresceu e desenvolveu-se como uma criança sadia: gostava de jogar bola com seus irmãos e amigos da mesma idade, no campo de terra que existia no espaço onde hoje está localizada a praça da Meruoca.
VOCAÇÃO
“Deus o atraiu desde pequeno” conta seu irmão Wálter Andrade, que por volta dos 12 anos, um dia, dona Penha, pediu-lhe que voltasse mais cedo do jogo, para seguir Arnóbio, que estava ‘com umas saídas esquisitas’ no final da tarde, quase todos os dias após o banho.
Ao segui-lo, descobriu que ao chegar na praça da Câmara, este se encontrava com o seminarista Expedito Lopes, seu grande amigo e futuro Bispo, e os dois se encaminhavam para a Igreja Catedral.
Ao interrogar ao sacristão acerca do que eles faziam na Igreja àquela hora, soube que estavam aprendendo a função de acólito, isto é, aprendiam a ajudar na celebração da missa, que era celebrada em latim, com o ministro de costas para o povo, com ritos diferentes dos vividos por nós, hoje.
ENCONTRO COM DOM JOSÉ
Era costume de Dom José, visitar diariamente seu pai. Joaquim Arnóbio começou a insistir com ele para que pedisse ao seu pai, Joaquim Anselmo, que o deixasse entrar para o seminário.
Não entendia o jovem Arnóbio, que isso não dependia somente do querer dos pais, mas que fatores econômicos eram determinantes na questão, visto que a família do seminarista devia custear as despesas com estudo e manutenção do futuro sacerdote. Joaquim Anselmo resistia à idéia, dada a dificuldade que enfrentava para sustentar a própria família em suas necessidades básicas.
Cheio de alegria e fervor, em 1927, Joaquim Arnóbio entra para o seminário São José,em Sobral, iniciando sua formação para o sacerdócio.
Estudou em Fortaleza, onde fez seus cursos de Filosofia e Teologia, Moral e Dogmática no Seminário Episcopal do Ceará, Seminário da Prainha, fundado em 1964 e, naquela época, dirigido pelos Padres da Missão, também conhecidos como Lazaristas, Congregação fundada por São Vicente de Paulo.
Lá aprendeu a disciplina, a ascese, a austeridade para consigo mesmo, entendia como caminho para a santidade, pensamento teólogo vigente, e cresceu na mais profunda caridade.
O SERVO DE DEUS
Pe. Arnóbio foi um homem penitente, colocava-se em constante atitude de escuta. Tinha um coração misericordioso para com aqueles que o procuravam em confissão. Deu-se a esta prática, até a chegada dos ensinamentos novos, da nova compreensão de santidade despertada pelo sopro do amor de Deus no Concilio Vaticano II. Aqui encontramos um verdadeiro Servo do Sagrado Coração de Jesus.
Ir. Carminda Amélia Carvalho Alves, mrcj – Licenciada em Letras e Estudante de Psicologia