Sobralenses se reúnem em crochê que gera discussão sobre masculinidade

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O Grupo ‘Crochê de Homens’ surgiu há três meses e leva pessoas a conversarem sobre sentimentos referentes às várias formas de Ser Homem na sociedade atual

Dados do Ministério da Saúde apontam que os homens cuidam menos da própria saúde que as mulheres, e vivem em média 7,2 anos a menos que elas no Brasil. Pensando nessa e outras dificuldades que o mundo masculino enfrenta, causadas por repreensão de sentimentos, foi criado em Sobral o grupo “Crochê de Homens”, que tem o objetivo de conversar sobre os conceitos de masculinidade nos tempos atuais visando uma reconstrução de pensamentos e ações.
De acordo com o idealizador do grupo, o psicólogo Herlon Vasconcelos, o crochê é uma analogia ao enlaçar-se, e o grupo de homens busca conversar sobre seus sentimentos e referências de masculinidade dos tempos atuais: “Não existe somente uma forma de ser homem, quando penso nesses enlaçamentos, são enlaçamentos de discursos, enlaçamentos de questões, de sofrimentos, atividades, que acabam construindo algo; um produto final. O grupo visa trabalhar questões relativas ao masculino e a masculinidade no plural, porque existem diversas formas de Ser Homem”, enfatiza.
Os encontros do “Crochê de Homens” são recentes, acontecem há apenas três meses, mas dimensionam toda uma discussão passada, e também atual sobre o papel do homem na sociedade. Segundo o psicólogo Herlon Vasconcelos é um grupo que fala de sentimentos: “Queremos saber oque faz esses homens sofrerem, oque nos deixa angustiados, as dificuldades que temos de nos relacionarmos com outras pessoas, dificuldades que temos de expressar sentimentos com outros homens, de dizer que estamos maus e buscar ajuda, essa dificuldade, essa resistência acaba por adoecer esses homens”, explica ele.
O grupo acontece de formal quinzenal na Margem Esquerda do Rio Acaraú, no gramado em frente à Biblioteca, e não visa um público somente masculino. De acordo com Herlon, mulheres interessadas também podem contribuir: “Discutimos sobre os nossos micros abusos, sobre nossas imposições sobre os corpos dos outros, sobre como nos relacionamos na sexualidade, asvariações de homens. A violência contra as mulheres em grande maioria são causadas por homens. São questões da natureza masculina que tentamos reconstruir. Buscamos refletir também sobre paternidade saudável, formas de ampliar as atividades do homem na vida doméstica e, ampliar a atividade da mulher na vida pública”, destaca.

Serviços:
Encontros: Quinzenais no Gramado em frente à Biblioteca na Margem Esquerda do Rio Acaraú
Horário: 19h
Instagram:
@Croche.de.homens

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