São Lucas dirige o livro dos Atos dos Apóstolos aos amigos de Deus (At 1, 1). Ser amigo do Senhor é o melhor que se pode escolher nesta vida.
Aqueles que tiveram uma experiência com Deus não eram mais os mesmos; os que ouviram falar de Deus entraram num processo de conversão, no caminho de mudança de vida… E a primeira coisa visível entre eles foi o amor. Ficaram tão cheios, que esse amor tomou conta de suas vidas: importava apenas amar a Deus e a seus irmãos.

Quem se enche de Deus não tem espaço para o que é mau!
Precisamos, portanto, aprender a cultivar o amor, visto que somos amigos de Deus e tivemos uma experiência com Ele. O que São Lucas hoje nos exorta com a vida dos primeiros cristãos é que tudo era partilhado com o outro.
Nisso compreendemos que somos chamados a viver em comunidade: o Senhor não nos chamou para a solidão. A alegria está em viver a comunhão com Deus, em primeiro lugar, que nos abre à comunhão com o outro.
Não existe comunhão com Deus fechado em si mesmo. O mundo tem nos consumido a ponto de não conhecermos nosso vizinho; estar com a família e com aqueles que amamos. Podemos nos conectar com todos, porém, ao mesmo tempo, vivemos em uma completa solidão e vazio, porque “o que é meu é meu e o que é teu é teu”.

É preciso reaprender a amar, porque essa é a nossa essência, o que temos de melhor! É o que Deus nos deu.
Percebemos, então, que o caminho de felicidade que Deus tem para nós é conduzido pelo amor que ama e, pela partilha de vida. “Há mais alegria em dar do que em receber” (At 20, 35), há mais alegria em partilhar do que no possuir.

A alegria vem do coração que se oferta: a maior alegria é a oferta da própria vida!
Para isso, Deus sempre vai nos chamando a viver o comum, é aqui que está a completude do homem, a felicidade e a vida. O Senhor nos convida hoje para experimentar Cristo e reaprender a amar. Precisamos nos mostrar unânimes, isto é, com um só coração e uma só alma – cor unum et anima una (At 4, 32).
Nós só entendemos o amor a partir de Deus. No entanto, não duvidemos do amor de nossos pais e familiares, recordemos que somente n’Ele vamos entender como somos amados. Quem tem uma experiência com o Senhor vive esse amor.
Vejamos três comportamentos de quem vive unânime com Deus e com os irmãos:
1° – Ser capaz de plena concordância. Mesmo que não concorde com aquilo que foi discernido, eu aceito;
2° – Dar testemunho de Cristo aos de fora;
3° – Impedir que seus irmãos sofram: fisicamente, materialmente, emocionalmente e interiormente.
Deus é a nossa mais profunda necessidade.

Julineide Mendes Teófilo
Consagrada na Comunidade de Aliança Filhos
de Sião

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