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Diferença entre Padre, Frei e Diácono
Ser padre e ser frei tem diferença? Segundo o Frei Airton Sousa, a diferença entre os dois não é funcional, no sentido de hierarquia, e sim vocacional. “Padre e frei são títulos, é uma forma que os fiéis chamam o sacerdote ou religioso”, explica.
Frei Airton pontua que o título de “frei” é uma tradição das antigas ordens religiosas. “São as chamadas ordens mendicantes, que surgiram ainda na Idade Média. É o caso dos franciscanos, dos carmelitas, dominicanos, capuchinhos, mercedários entre outros”, destaca. Portanto, frei é uma forma de tratamento que o religioso pertencente a uma dessas ordens muito antigas recebem, mesmo que não tenham sido ordenados sacerdotes”, destaca.
Por isso que há freis que também são padres, após receberem o devido sacramento. O Frei Airton afirma que os religiosos de congregações que surgiram após o Concílio de Trento recebem o título de padre ou irmão. “O que vai determinar se a pessoa vai ser padre ou frei é o carisma, aptidões da pessoa para ver em qual ordem religiosa vai ser melhor para cumprir sua missão”, afirma.
O Frei Airton também explica outra curiosidade sobre o significado das palavras ‘padre’ e ‘frei’. “Padre vem de pater, que significa pai em latim. É um título para o sacerdote: um homem retirado do povo para servir o sagrado, para santificar, como um bom pai de família. O padre representa um pai para a sua paróquia e comunidade. E frei vem de frater, que significa irmão, frade em latim. Ele é membro de uma congregação religiosa, homens que vivem uma mesma regra e mesmo ideal. É um título do religioso. Entre seus colegas e na sociedade, os frades se chamam de frei, uma abreviação de frade”, finaliza Frei Airton. (paieterno.com.br).
O que é um diácono e para que serve
Às vezes as pessoas esbarram por aí com um diácono e o confundem com um padre. Muitas vezes se assustam ao ver um homem casado vestido como “religioso” e não entendem o porquê.
Explica-se: os diáconos têm funções importantes desde a igreja primitiva e, assim como os padres e bispos, recebem o sacramento da Ordem. O diaconato é o primeiro grau do sacramento da Ordem. O presbiterato (padres) é o segundo e o episcopado (bispos) é o terceiro. Portanto, todo diácono católico deve ser ordenado por um bispo num ritual próprio.
De acordo com o número 1554 do Catecismo da Igreja Católica, “o ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens pelos que desde a antiguidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos”.
A principal função do diácono é “ajudar e servir” o povo de Deus, na obediência aos bispos e padres. Por isso, o diácono não é um sacerdote. Na ordenação de um diácono “são-lhes impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço”, conforme o número 1569 do Catecismo. Nestes casos, apenas o bispo impõe as mãos sobre o homem ordenado num sinal de que o diácono está diretamente ligado a ele.
Atualmente, existem dois tipos de diáconos: os transitórios e os permanentes. Os transitórios são homens que se preparam para o sacerdócio. No meio do caminho e antes de receberem a ordenação sacerdotal, recebem a ordenação diaconal. Depois de um tempo atuando como “ministros ordenados”, recebem o segundo grau da ordem, o presbiterado.
Os permanentes são homens que não estão caminhando rumo ao sacerdócio. Geralmente são homens casados há um bom tempo (algumas dioceses exigem cerca de 10 anos de casamento), com ativa participação nas atividades da Igreja e vocação para as obras sociais e de caridade.
Os diáconos permanentes costumam estudar teologia, filosofia, pastoral e outras coisas durante cerca de quatro anos. É estimulado que esses homens tenham suas próprias profissões para que possam sustentar a si e às suas famílias. Porém, se a dedicação for integral à Igreja, podem receber algum tipo de ressarcimento financeiro. A esposa precisa autorizar formalmente que o homem seja diácono.
Uma vez ordenados, os diáconos não podem mais se casar. Se ficarem viúvos, têm a opção de permanecerem diáconos ou se candidatarem ao sacerdócio, mesmo que em idade já avançada. (blogvaticano.news).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).



