Maria, a Mãe de Deus e nossa, é Senhora de muitos afetos, muitos títulos. Pertenço, por nascimento, a uma Paróquia dedicada à Nossa Senhora dos Prazeres. Sou paroquiano de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Diocese de Sobral. Indo à sede da nossa Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém – Lugar-Tenência do Rio de Janeiro, recebi de presente da estimada amiga Lugar-Tenente, Dama de Comenda com Placa Isis Penido, o livro “Desatadora dos Nós: História da construção da Capela de Búzios”, de sua autoria. São Paulo: Ed. MM, 2020, 120 páginas. Uma pequena joia.
O título de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, surgiu entre 1699 e 1701, com uma pintura do artista alemão Johann Schmidtner, de 1,1 metro de largura por 1,82 metros de altura e encontra-se na capela de St. Peter am Perlach, em Augsburgo, Alemanha. O então Cardeal Bergoglio, hoje Papa Francisco, levou para a Argentina a devoção e o Santo Padre é devoto da Desatadora!
Dedicatória especial é feita por Isis Penido a seu falecido marido, Paulo Penido, que retornou à Casa do Pai quando ela finalizava o trabalho. Paulo, diz a autora, foi o grande incentivador da obra.
Abrindo o livro, o jornalista Eduardo Mattos, também autor de um livro sobre a mesma invocação de Maria, em apresentação, conclui dizendo que “O livro que você tem em mãos é muito mais do que este documento que Isis Penido sonhava fazer – e fez. É a inspiração para aqueles que buscam a fé incondicional”.
Dom Rafael Llano Cifuentes, bispo emérito de Nova Friburgo, falecido em 2017, inicia o prefácio destacando a afluência de cerca de 1,3 milhão de peregrinos evidenciando o quão “foi providencial a iniciativa de Isis Penido de construir, em Geribá, na cidade de Búzios, Estado do Rio de Janeiro, a primeira capela do mundo inteiramente dedicada à devoção de Nossa Senhora Desatadora dos Nós”. Diz-nos, ainda, que a Desatadora dos Nós “talvez tenha sido inspirada pelo pensamento de Santo Irineu: ‘O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria’”.
Na introdução o Pe. Ricardo Whyte confessa que até um domingo de janeiro de 2001 não ouvira falar na devoção à Desatadora dos Nós, quando Isis Penido o procurou para pedir para um espaço dentro da Igreja de Santa Rita de Cássia para colocar uma imagem da Virgem.
A autora afirma: “olhando para trás, tenho a certeza de que tudo na vida é obra de fé, da confiança e da perseverança. Prova disto é esta Capela, um sonho que plantei e floresceu no jardim de Santa Rita”.
Seguem-se 23 capítulos nos quais lemos, entre outras preciosas informações, o sonho da autora em dedicar uma capela a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, a realização deste sonho, a doação do patrimônio à Igreja, o pátio dos [inúmeros] milagres, a história bíblica de nós desatados, o nascimento da devoção, a imagem e seus 11 símbolos, a Desatadora no mundo, a fórmula da novena com reflexões e muito mais.
Nos anexos temos as palavras do Pe. Marco Túlio de Castro Carvalho, do Cônego Jorge Luís Neves, nosso amado Cavaleiro Presbítero Pe. Jorjão, e da Dama de Comenda da OESSJ-RJ Dulce Pugliese que testemunha: “A Capela, que emana a luz da divindade, contribui de maneira ímpar para a espiritualidade de Búzios, um lugar abençoado por Deus de muitas maneiras”.

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