ACADEMIA JURÍDICA – NOVA DIRETORIA

Gosto muito de uma expressão de Paulo apóstolo que diz: “Sempre e por tudo damos graças a Deus”. Todo este texto poderia se resumir em gratidão, acima de tudo, a Deus. Gratidão a cada um Acadêmico. Gratidão ao então presidente da OAB de Sobral, a quem hoje tive a alegria de passar a gestão da Academia Sobralense de Letras Jurídicas, Acadêmico José Inácio Linhares. Gratidão ao querido amigo Acadêmico Des. Ademar Mendes Bezerra, com quem primeiramente falei sobre a ideia dessa Academia. Gratidão à OAB Sobral na gestão do Presidente José Inácio e nas gestões do Presidente Rafael Ponte. Gratidão à família, de quem me ausento tanto por conta das atividades que abracei nesta vida. De coração exposto, agradeço!
Quinto Horácio Flaco, um dos maiores poetas de Roma antiga, afirmou certa ocasião: “Ergui um monumento mais duradouro do que o bronze”. A Academia vem nessa perspectiva. Todos nós passaremos, a placa de bronze pode ser retirada do lugar, o bronze pode ser derretido, mas, a Academia não. Ela permanecerá. É a verdadeira imortalidade!
Em junho de 2015, busquei a OAB de Sobral e encontrei um entusiasta e incentivador, José Inácio Linhares, que aquilatou a grandeza da Instituição. Depois da criação da Academia Cearense de Letras Jurídicas, esta foi a segunda no Ceará e a primeira fora de Fortaleza. Nossa tradição jurídica justificava a criação. Criar uma Academia é como gerar um filho. Com quarenta cadeiras, um filho e quarenta netos. Responsabilizamos-nos, pelo menos na fase inicial, pelo futuro da instituição. É assim que senti quase uma dezena de vezes ao criar Academias ou instituições congêneres.
Em 26/07/2015, eu dizia que só queria ficar à frente da ASLEJUR um mandato, pois, o filho a gente cria para o mundo e não para nós. Nós o amamos, às vezes n’ele nos queremos ver espelhados, mas, é ele que vai viver, com seus sonhos próprios, com as alegrias e, até, tristezas de uma vida. Quando buscamos um padrinho para nosso filho, nós sempre procuramos a melhor pessoa, em quem confiamos e que sabemos que dará continuidade, seja com seu apoio moral, ético ou, simplesmente, por sua presença ao que faríamos de bom ao nosso filho, caso a vida não nos permita. O Estatuto da nossa Academia permite reeleição. Mas, eu desejava passar à frente a condução da “menina” que criei, com tanto amor e carinho, dando-lhe formato jurídico, visualização heráldica e compondo-a com grandes devotos do Direito de Sobral. Ouvi um sacerdote acadêmico, Mons. João Batista Nery, a quem falei de minha pretensão quase como a um confessor. Faltou apenas a estola e o aspecto meu de penitente. Não havia arrependimento, mas, sim alegria. E quem apadrinharia essa já jovem Academia? O primeiro padrinho foi o José Inácio e bati novamente à sua porta, relembrando o Hino Nacional, “verás que um Filho teu não foge à luta”. Ele não fugiu. Aceitou ser o segundo presidente da Academia e foi eleito por unanimidade.
Feliz, lembro a frase de um cliente meu de quem não possuo procuração física, o Servo de Deus Joaquim Arnóbio de Andrade, de quem sou vice-postulador da causa de Beatificação e de Canonização, do qual peço emprestado uma frase, quase dístico de vida: “O importante não é só começar bem, mas, terminar bem”.



