“Aos mestres e às mestras, com carinho!”

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Na terça-feira (15) comemorar-se-á mais um Dia Nacional do Professor, data que reverencia Santa Tereza d´Ávila, Padroeira dos Professores. Também faz referência à assinatura da Lei de 15 de outubro de 1827¸ sancionada pelo imperador Dom Pedro I, que determina, no seu artigo 1º, a criação das Escolas de Primeiras Letras (hoje, Ensino Fundamental).
Já em âmbito internacional, comemora-se em 5 de outubro o Dia Mundial dos Professores, instituído em 1994 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Atualmente os professores dispõem de mais recursos tecnológicos e físicos; por outro lado, inúmeros problemas tendem a desestimular o exercício de tão nobre profissão. Além dos naturalmente surgidos pela distância geracional, diferentes tipos de pessoas, antes fora da escola, hoje têm acesso a ela, o que deveria ser excelente para todos.
Afora isso, acumulam-se as dívidas históricas em grande parte do país: má remuneração, condições de trabalho inadequadas; menor índice de atenção e de concentração dos alunos devido a tanta tecnologia; falta de segurança nas escolas; leis transformando quem ensina em refém de quem não quer aprender; jornada de trabalho excessiva; educação infantil (em princípio, da responsabilidade da família) transferida para professores; falta de respeito de alunos por não receberem educação no lar…
Também é notória a tentativa de amordaçamento de quem forma e liberta mentes. E, para piorar, alguns grupos escudados numa falsa liberdade de pensamento e de expressão tentam confundir mentes em formação. Tudo isso tem gerado o assustador número de professores doentes e/ou já afastados da escola pública. Resolver isso requer ação com “urgência urgentíssima”.
Outro fato me chama atenção no transcurso do Dia do Professor. Experimente parar um pouco e observar como é prazeroso conseguir decifrar essas palavras, que, juntas, traduzem as ideias o que tento repassar! Será que vem à sua mente dimensionar a importância de tamanha façanha? Você ainda sabe recorda quem lhe possibilitou isso?
Lamentavelmente não é comum algum beneficiado lembrar-se de quem tornou realidade o sonho de ler e escrever. E mais raro ainda é alguém demonstrar gratidão àqueles que prestaram este impagável serviço. Que o digam quem não consegue ler, mas reconhece o valor do que você acaba de tomar conhecimento através da leitura.
Se o caro leitor figura entre os que conseguem ler esta mensagem, ótimo! Então, mostre agora que sua conquista foi além da alfabetização e prove que seu sentimento de gratidão também foi despertado. Seja exemplo, demonstrando isso através de uma visita a seus velhos mestres ou agradeça através de um cartão ou de uma ligação telefônica, sendo que a primeira opção é a mais eficaz e tocante.
Para corroborar com o que citei, chamo sua atenção para esse desabafo que me induziu a uma reflexão mais aprofundada e a convidar o leitor a fazer o mesmo.
Há alguns anos a conceituada mestra e diretora de escola em Sobral, Professora Meire Pompeu, hoje falecida, confidenciou-me: “Meus queridos ex-alunos esqueceram-se de mim. Eu gostaria tanto de revê-los ou, pelo menos, de ouvir suas vozes!”.
Isso foi o bastante para eu deduzir que, a exemplo da Profª. Meire, muitos outros que ensinam amargam o mesmo desprezo e também são vitimas de igual ingratidão.
Diante disso, proponho um simples, mas valioso, deverzinho de casa: Retroceda no tempo e tente descobrir se o recado dessa educadora foi pra você. No caso de dona Meire, agora só oração e enaltecer sua memória. Mas, com certeza, suas palavras alertam para o apelo de alguém que um dia lhe repassou conhecimentos e hoje está esquecido (a). Sendo verdade, redima-se, procure essa pessoa que suplica o mínimo de atenção e agradeça-lhe de todo coração.
Vale lembrar que, continuar reconhecendo e valorizando os antigos mestres é também homenagear e valorizar alguns de seus discípulos, já que hoje são mestres também. Além disso, dar-se-á a eles a esperança de que não serão esquecidos no futuro.
E não esqueça: saber do sucesso dos ex-alunos e sentir a gratidão deles possivelmente será o melhor presente que todo mestre gostaria de receber neste domingo – 15 DE OUTUBRO: DIA DO PROFESSOR.
Que Santa Teresa de Ávila, a Padroeira dos Professores, os proteja e estimule cada um de nós a fazer sua parte. Eu fiz a minha. E você?

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Paredes têm ouvido?
Como forma de incentivar a prudência no falar, o ditado popular ensina que “paredes têm ouvidos”. Agora, “que paredes têm boca (pra ensinar)”, só na mentalidade de politiqueiros maldosos. Que prédio escolar bonito, suntuoso, dotado dos mais modernos equipamentos faz aluno aprender mais e é sinônimo de educação de qualidade no ensino público só mesmo na cabeça de alguns homens públicos que equivocadamente se autoproclamam paladinos da educação.

Pouca valia
De que adiantam prédios e mais prédios construídos se quem vai lecionar não têm capacidades para desenvolver ensino e educação de qualidade junto aos que lá estão para aprender? De nada adianta o governante vangloriar-se da construção de escolas e mais escolas, se sua ação não é complementada com o cumprimento das leis que determinam a obrigatoriedade de qualificado quadro docente, frequentemente reavaliado? De que adianta empanturrar as salas de alunos, se na realidade isso só serve para engordar estatísticas que ajudam maus governantes a se manterem no poder? De que adianta insistir maciçamente na educação de resultados, treinando e qualificando um seleto grupo de alunos, especificamente para gerar bons resultados para a escola, se isso não comprova a realidade da turma inteira?

Provado e comprovado
O que dá qualidade no ensino é quadro docente bem qualificado, professores remunerados condignamente, com tempo para dedicar-se àquilo a que se propõe. E que não sejam obrigados a apelar para “bicos”, a fim de complementar o sustento de sua família ou para adquirir material didático que o auxilie no bom desempenho da sua profissão.

Arribada
Enquanto isso não acontece, muitos dos autênticos vocacionados, já desestimulados, gradualmente têm buscado espaço na escola privada. Quando não logram êxito, simplesmente cedem seu espaço na pública para aventureiros que vêm conquistando o direito de lecionar através de cursos (faculdades) “faz-de-conta”, que não têm o devido compromisso com educação e ensino. Assim, prossegue o ciclo do faz-de-conta: quem nada sabe passa a ensinar a quem nada vai aprender.

Invasão
E como tem sido invadido o magistério por essa nova modalidade de professor! Lembra até aquele maldoso e depreciativo conselho: “Se não dá pra nada na vida vai ser, pelo menos, ser professor (a) da escola pública”. Infelizmente, isso está em voga novamente. E como tem gente levando a sério esse conselho!

LEIA, CRITIQUE E SUGIRA
www.artemisiodacosta.blogspot.com

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