Moralmente condenável, a corrupção em sua longa jornada disputa o exercício de poder e de privilégio, que, por sua vez, entram definitivamente para a vida politica brasileira com poder de implodir governos e destruir reputações.
Antes, portanto, de chafurdar na corrupção brasileira, é necessário aceitar um pouco de sua história e compreender o processo histórico dessa prática. Quando o ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, estava sendo manchado pelas noticias que vazavam dos inquéritos abertos por ordem do então presidente da Republica Jânio Quadros para investigar denúncias de corrupção em órgão e empresas do governo que participaram da construção de Brasília. Os valores morais da politica foram escarnecidos.
Naquela época, então, presidente da República Jânio Quadros e o governo Jânio eram indiferentes ao candango. Como se sabe, o Jânio renúncia e já bem distante de Brasília, quando o documento levado pelo ministro da justiça Pedrosa Horta, foi lido no Congresso, “Fui vencido pela reação e assim deixo o governo, forças terríveis se levantaram contra mim”. Com essas palavras, demonstra que tal prática de especulação não é exclusividade nem patente das organizações virtuais criminosas atuais.
Portanto, recordar é bom, atos de corrupção marcam a política brasileira, o Brasil estava vindo bem com o Getúlio Vargas, no seu segundo governo. Segundo o jornalista Carlos Lacerda, os índices da corrupção no seu governo os levaram para o suicídio, estava vindo bem com o Juscelino, mas acabou indo para o exilio, estava vindo bem com o Jânio, mas acabou em renúncia, estava indo bem o Goulart, mas acabou em golpe, estava vindo bem com o Collor, mas acabou em impeachement, estava vindo bem com o Lula, mas acabou preso, estava vindo cheio de esperança com a Dilma, mas acabou em impeachement. Enfim, estava vindo bem com o Temer como salvador da Pátria, mas acabou acumulando muitos processos, sendo duas vezes preso. Mas o povo quer vê-lo preso definitivamente. Trata-se de uma política corrupta da esquerda à direita, que golpeou o Brasil.
Com efeito, é comum ouvir-se em conversas formais que o acentuado de impunidade de outros corruptos tem como causa a frouxidão das leis. Segundo a história jurídica, no Brasil, são editadas, em média, por dia útil, 782 normas, num exemplo esdrúxulo do burocrático brasileiro. Muitas delas destinadas à lata de lixo da História por inconstitucionalidade ou irrelevância.
Ora, vivendo nessa parafernália legislativa brasileira, o cidadão se sente absolutamente enganado. Este é grande problema de se combater a corrupção. Como já dizia o historiador romano Cícero, que em contundente afirmação disse que “o mais corrupto dos Estados tem o maior número de leis”.
No Brasil, as leis surgem como remédio para todos os males da corrupção. Nosso Parlamento produz regras instáveis, complexos, antagônicas, dúbias, num ciclo-vicioso, onde a criação de uma norma sem o critério necessário exige a elaboração de outra lei para corrigir omissões e distorções, inocentando corruptos que causaram prejuízos absurdos não só à Petrobras, mas diversas estatais. Melhor dizendo: uma roubalheira com foro especial.
Nessa prática está o campo de uma ação publicitária criminosa, no site da revista eletrônica the Intercept; com um braço americano, sobre um diálogo entre o ex-Juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Ou seja, é uma organização virtual, que tem a gasolina por trás de suas especulações de interesses de grupos políticos, com a maneira de enxergar faísca pelo poder da corrupção, deixando claro, que prefere o mal, dando voz aos corruptos dos cartéis, dos trustes, que se mantém através da mídia e do financiamento privado, que controla boa parte do País.
Mas o povo brasileiro já expressa um País, sem corrupção. O povo já sabe quem são os corruptos. É uma evidência. E agora? Senhor Glenn Greenwald? Fundador do The Intercept. Em caso contrário, o limite é sua prisão.
É inegável que a corrupção é intrínseca e essencial ao sistema capitalista, que é um sistema essencialmente corrupto. Por quê? Se a agente entender, tanto por um viés religioso, quanto socialista, que os bens são de todos, foram feitos para todos, é impossível não admitir, que depois da Lava Jato, muita coisa mudou. E muita coisa também não mudou. O juiz Sergio Moro, mesmo cometendo algum viés ideológico a esse combate a corrupção. Mesmo assim o Moro está vivo, para combater o roubo político em um País onde se ver criança morrendo de fome e corruptos nadando em riquezas. A verdade é essa!
Já que a Lava Jato incomoda a alta classe política e organizações empresariais corruptas. Vamos fazer um esforço admirável de reconstituição histórica, prender um corrupto é tarefa difícil, as organizações criminosas bloqueiam as investigações. Isso nos deixa claro, que de natureza ambivalente, no limite da contradição absoluta dos interessados pelo vazamento de informações, através das redes virtuais, transformou-se numa poderosa arma politica a favor da corrupção, com auxilio de espiões estrangeiros coagidos pelos corruptos.
A Lava Jato é sempre foi um pretexto da maior mobilização de vazamento, na história politica do País, talvez por inaugurar o vasto uso subsequente delações premiadas, envolvendo as relações entre Mistério Público e autoridades policiais como personagens. Mas, o certo é que tudo o que fizeram e fazem é pelo povo brasileiro.
E nessa quebra de braço entre a Lava jato e o poder da corrupção. Aí temos o fenômeno do senso comum: quem é que vai determinar o que é de interesse público e o que não é? Infelizmente, atualmente, quem tem determinado é a mídia, a ‘ fábrica de opiniões’’’. Isso porque fomenta a formação popular, por meio de uma linguagem sensacionalista e de apelo emocional, que influencia todos os procedimentos a serem tomados, e pior, a própria sentença judicial de um corrupto preso. Neste cenário, o povo não tem uma via de acesso ao poder.
Portanto é a partir da opinião “fabricada,” que a mídia seleciona a informação que merece ou não ser publicada. É obvio que defende o interesse dela, e se protege sob o manto do interesse especulativo da publicidade. Sendo assim, é preciso estar atento para driblar as armadilhas políticas perigosas dos aventureiros escondidos no caminho da história da corrupção, que nos tira totalmente do chão em que pisamos.
Enfim, o que a mídia hegemônica, não está mostrando, que maioria dos juristas éticos, políticos honestos e povo estão aplaudidos a Lava Jato como única forma de garantir a democratização, respeitando o desenho de nossas instituições, de nossa democracia e de nossa cultura. Tudo isso, estão na cabeça do novo governo, que foi eleito, através de uma organização virtual. Cuidado no que fala! É só cumprir a Constituição brasileira vigente.
Jornalista, Historiador e Critico Literário.

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