Dom José Falcão preside Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus na Catedral de Sobral

Nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, a Sé Catedral de Nossa Senhora da Conceição em Sobral recebeu o bispo auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil, Dom José Francisco Falcão de Barros, que presidiu, nos dois dias, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus.
Ao proclamar Maria “Mãe de Deus”, a Igreja professa, com uma única expressão, a sua fé acerca do Filho e da Mãe. Essa união emerge já no Concílio de Éfeso. Com a definição da maternidade divina de Maria, os padres queriam evidenciar a sua fé à divindade de Cristo. Não obstante as objeções, antigas e recentes, acerca da oportunidade de atribuir esse título a Maria, os cristãos de todos os tempos, interpretando corretamente o significado dessa maternidade, tornaram-no uma expressão privilegiada da sua fé na divindade de Cristo e do Seu amor para com a Virgem.
Celebrando as vésperas da solenidade, no dia 31 de dezembro, o bispo enfatizou, em homilia, a importância de aproveitar o aqui e o agora, abordando a passagem do tempo, e desejou a todos os sobralenses um santo ano novo, repleto de saúde e paz, e, sobretudo, muita esperança já na vivência do Ano Jubilar. Ressaltou ainda que viver sem fé e sem caridade ainda é possível, porque, para o católico que reza e pede a Deus que conceda essa graça, o Senhor adentra os corações. Porém, para aqueles que estão sem esperança, até nas mínimas coisas, possivelmente encontram muitas dificuldades na vida.
Exaltando Maria Santíssima, Mãe de Deus e de toda a humanidade, no dia 1º de janeiro, Dom Falcão falou sobre a vida de Nossa Senhora à luz da Mariologia, ou seja, o estudo sobre Maria, parte da teologia que examina a figura, o mistério, a missão e o significado de Maria na história da salvação, proferindo, assim, uma verdadeira aula através de sua pregação.
“Maria é mãe de Deus, não apenas mãe de Cristo. A Igreja tem uma mãe que Cristo Jesus quis ter e a honrou com a graça de ser o templo onde Deus habitou durante nove meses. Só adoramos a Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, mas, depois d’Ele, nós tributamos a nossa veneração à Virgem Maria. Não a tratamos como deusa, nós a amamos e a colocamos em seu devido lugar, através da honra que o próprio Deus lhe deu por ser a mãe do Salvador. Deus Todo-Poderoso se dignou a preservar a Virgem Maria de toda a sua mácula primeira, e, já no ventre de sua mãe, Santa Ana, ela foi preservada do pecado original”, disse.
O episcopo pediu aos fiéis que guardassem na memória e no coração as datas em que são celebrados os dogmas marianos: 1º de janeiro, Santa Maria Mãe de Deus; 15 de agosto, Assunção de Nossa Senhora; e 8 de dezembro, Imaculada Conceição. E continuou: “É uma honra para a diocese ter como padroeira a Imaculada Conceição. O brilho de Maria Santíssima no céu, depois de Deus, foi e sempre será o mais brilhante, porque ela é imaculada do pecado original”, concluiu.
Ambas as celebrações foram concelebradas pelo cura da Catedral, Pe. Berg, pelo vigário paroquial, Pe. Denilson de Sousa, e demais sacerdotes diocesanos, que contaram com o auxílio de diáconos permanentes. Dom Falcão presidiu as celebrações de fim de ano na Sé Catedral pela segunda vez. A última foi no ano de 2022.
Thais Helena – Jornalista – Jornal Correio da Semana



