Salmito Campos (1)

As Formigas e Seu Sistema de Vida

A vida no formigueiro é organizada e complexa, com cada formiga desempenhando um papel específico para o bem-estar da colônia, incluindo a rainha (reprodução), operárias (tarefas como busca de alimento, cuidado com a prole e limpeza) e soldados (proteção). O formigueiro em si é uma intrincada rede de túneis subterrâneos, e as formigas se comunicam para manter a estrutura e garantir a sobrevivência de todas.

Funções e divisões de trabalho:
A Rainha é a única formiga fértil, responsável por botar os ovos e reproduzir a colônia. As operárias são a maioria da colônia e dividem-se em castas com funções específicas, como: Cortadeiras, cortam e transportam folhas para o formigueiro; Jardineiras, cuidam dos fungos que são a principal fonte de alimento da colônia; Enfermeiras, cuidam dos ovos, larvas e pupas; Lixeiras, mantêm o formigueiro limpo, carregando o lixo para fora; Soldados, possuem o papel de proteger o formigueiro de predadores; Machos (Bitus), sua única função é acasalar com a rainha durante o voo nupcial e geralmente morrem logo depois.

Estrutura do formigueiro:
É uma complexa rede de túneis subterrâneos e câmaras que se estendem por vários metros no subsolo. As câmaras são usadas para diferentes propósitos, como descansar, dormir, comer e cuidar da prole. A estrutura é cuidadosamente organizada, com diferentes castas de formigas ocupando áreas específicas dentro do formigueiro.

Ciclo de vida:
Após o voo nupcial, a rainha perde as asas e começa a botar ovos. Do ovo, eclode uma larva, que se transforma em pupa, e finalmente em uma formiga adulta. As primeiras operárias adultas emergirão após algumas semanas ou meses, dependendo da espécie.

Comunicação e organização:
As formigas se organizam sem um líder central, como um chefe. A rainha não dá ordens diretas às outras formigas. A comunicação é realizada através do toque de antenas, feromônios e o compartilhamento de informações entre as formigas. Essa organização social é um dos segredos do sucesso da colônia, garantindo que todas as tarefas necessárias sejam realizadas. (IA).
As formigas vivem em colônias muito bem organizadas onde cada indivíduo tem uma função específica. Para manter tudo em ordem, elas trabalham incessantemente.
“A qualquer momento do dia ou da noite, cerca de 30% a 40% das formigas estão em atividade. O restante permanece em repouso aparente, mas, se for necessário, entra imediatamente em ação”, afirma o biólogo Odair Correa Bueno, do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro (SP). Entre as espécies conhecidas, as saúvas (gênero Atta) e as quenquéns (gênero Acromyrmex) formam as sociedades mais evoluídas.
A população de seus formigueiros é dividida em castas, organizadas em torno de uma rainha, que passa a vida colocando ovos que darão origem aos seus “súditos”.
A mais numerosa casta é formada pelas formigas operárias, que protegem a colônia e cuidam dos alimentos e dos ovos da rainha. Também fazem parte dessa microssociedade as fêmeas aladas e os machos, dupla que tem a função de acasalar e gerar novos indivíduos para o grupo.
O que determina se uma formiga vai ser operária ou fêmea alada é a quantidade de comida que ela recebe ainda na fase larval. “As operárias recebem alimentação normal e as fêmeas aladas, uma superalimentação”, afirma Odair. Súper também pode ser o tamanho de uma colônia.
No ano passado, cientistas europeus descobriram um formigueiro gigante, com cerca de 6 mil quilômetros de extensão, que se estendia de Portugal até a Itália. Os pesquisadores estimam que ele seja habitado por bilhões de indivíduos da espécie Linepithema humile, originária da Argentina e introduzida no continente europeu há 80 anos.
(https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-a-vida-dentro-de-um-formigueiro/).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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