A Violência e a Mulher

A violência contra a mulher no Brasil e no mundo tem aumentado nos últimos quatro anos. São várias as causas de violência contra a mulher. A começar pela sua casa, a mulher pode ser menosprezada pelo seu marido ou pelo próprio pai ou ainda pelos irmãos. Por ser mulher é tida como frágil e daí pode receber agressão física e psicológica.
Na rua, a mulher quando usa vestimenta que exponha um pouco do seu corpo como saia ou bermuda curtas, ela pode receber assédio sexual de um homem, justificando que ela se mostrou para admitir uma “cantada”. No trabalho, também pode ser vítima de assédio sexual e psicológico. No psicológico quando o seu chefe imediato despreza sua opinião em algum assunto da empresa, diminui a sua auto-estima, controla o que ela faz ou deixou de fazer.
“Todas essas situações ocorrem, principalmente, por conta de uma visão distorcida do homem em relação à mulher e a posição que ela ocupa na sociedade. Na história ocidental, homem e mulher têm papéis assimétricos. Acredita-se que o homem é o provedor, a mulher, submissa.
O homem é independente, capaz, resistente. A mulher não é provedora, é frágil, confusa e dependente do pai ou do marido.  O que os leva a crer que podem tomar decisões pelas filhas e cônjuges, violando as escolhas, os sentimentos e a independência da mulher, enquanto um ser único. O sistema social é o do patriarcado, que significa que a figura do homem é enxergada como a que sustenta a família e paga as contas”. (fundobrasil.org.br).
Apesar de hoje em dia muitas mulheres serem provedoras na família, o homem continua a manter o patriarcado depreciando o valor da mulher, violentando-a fisicamente, chegando até ao feminicídio.
E o que é o feminicídio? “É o homicídio (assassinato) contra uma mulher porque ela é mulher. É considerado feminicídio o crime em que estiver envolvida a violência familiar e doméstica; o menosprezo e a discriminação à condição de mulher. Isso porque 35% dos homicídios de mulheres no mundo são cometidos por seus parceiros, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS.
A lei 13.104, mais conhecida como Lei do Feminicídio, considera crime hediondo, ou seja, o Estado entende como um crime grave e cruel. A lei tipifica de um crime de discriminação, de preconceito e menosprezo da condição feminina.
Por que a violência contra a mulher precisa ser combatida?
Um relatório da OMS, que mapeou a violência contra a mulher de 2011 a 2015 em 133 países, indicou que uma em cada três mulheres já sofreu violência física e/ou sexual por parte de seus parceiros. O relatório revelou, ainda, que 7% das mulheres sofreram violência sexual por desconhecidos.
Além disso, 50% se envolveram em um embate físico com seus companheiros. Com esse relatório, a OMS busca determinar a violência contra a mulher como um problema de saúde pública.
O informe da OMS diz que mulheres violentadas recorrem aos serviços de saúde em busca de ajuda. Além disso, afirmam que com muita frequência, instituições de saúde demoram a reconhecer e lidar com esse tipo de violência”. (fundobrasil.org.br).
Portanto, vamos combater, denunciando os casos de agressões físicas, e/ou psicológicas e sexuais. Ligue para o número 180. O número foi criado pela Secretaria de Políticas Para as Mulheres. Quem denunciar ou a própria vítima irá receber orientações sobre onde buscar apoio. Receberá informações sobre como deve solucionar o problema.
O serviço é gratuito, como qualquer serviço de emergência e urgência. Funciona 24 horas em todos os dias da semana.
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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