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Jesus é o Senhor

A verdade revelada
Algumas verdades são reveladas para nós durante o SVES, a verdade de Deus para nós. A começar pelo amor divino, que supera todas as coisas e nos constrange. Depois, ouvimos que, por amor, o Pai enviou Seu Filho para nos salvar do pecado. Em seguida, entendemos que a fé é um dom e a conversão é uma graça, e ambas andam juntas.
Dando continuidade, tem-se o Senhorio de Jesus. Nós rezamos no Credo que Jesus é o Senhor: nós confessamos, embora não compreendamos.

Sobre as consequências do pecado
Relembremos a história de Adão e Eva: Deus os criou e colocou no Paraíso, mas eles pecaram e, por consequência, foram expulsos.
Diante disso, vejamos que há nesse relato uma verdade de fé: Deus nos quis e criou exatamente como somos. No entanto, o Pai não abandonou a Criação após o pecado. Ele não olha para nós como criaturas que deram errado… Apesar da queda dos nossos primeiros pais, bem como por causa dela, Deus enviou Seu Filho a fim de nos salvar.
Com o pecado, já não é mais o homem que domina as coisas. Ao sair do Paraíso, o homem é dominado, escravizado pelas coisas.
Pode-se perceber quantas coisas têm nos escravizado e manchado a imagem de Deus em nós, embora não tenhamos sido criados para a escravidão. Tanto que o Pai mandou Jesus – pois nós precisamos de Alguém para nos salvar. Logo, o homem é d’Ele por direito, porque Ele nos resgatou!

A vitória da cruz
Ademais, o salário do pecado é a morte (cf. Rm 6, 23). A partir do pecado, a morte entrou na história da humanidade, e sendo Jesus o Senhor, Ele a venceu passando por ela. Portanto, nenhum pecado tem poder sobre nós, pois Cristo já superou tudo isso na Cruz.
Talvez sejamos nós mesmos que damos poder às coisas para que elas nos dominem e escravizem. Assim sendo, é preciso assumir a vitória da cruz- em outras palavras, assumir o senhorio de Jesus. É Ele o Senhor de tudo!
Em Filipenses 2, 6-11, São Paulo nos afirma que Cristo é Deus! Ele não se utilizou do Seu direito divino – porque Deus não morre, é Eterno. Mas Ele quis passar por isso como homem, com o objetivo de nos resgatar na cruz. Ele tem poder sobre as nossas vidas.
É palavra de Deus: se dissermos que Ele é o Senhor e nisso acreditarmos, seremos salvos! (cf. Jo 3, 36).
Tudo está sob o Senhor
Nada acontece e ninguém pode ser curado se não for por Jesus. Tudo está sob a onisciência, a onipotência e a onipresença de Deus. Mas como que Ele me faz livre e quer ser o meu Senhor? Não parece incoerente?
Na verdade, Ele é o Senhor das nossas vidas para nos devolver para o Paraíso e nos reconciliar com Ele; para refazer a amizade que perdemos pela inveja do inimigo de Deus. Só Ele mesmo pode nos fazer voltar.
Tenhamos cuidado, pois, com aquilo que o mundo promete. Só Deus é capaz de nos devolver a imagem de filhos de Deus – imagem e semelhança d’Ele.
“Irmãos, o mundo não dá nada! Lembremos que o salário do pecado é a morte”.
Consideremos as mídias, por exemplo. Elas são uma máquina de ilusões. Vemos todos com filtros, muito belos nas redes sociais, mas é ilusão… Dessa forma, não deixemos que nada nos submeta! Foi para a liberdade que Cristo nos libertou (cf. Gl 5, 1)! Ainda que o mundo apresente que ser livre é fazer o que quer, como e quando quer.
Está na hora de vivermos como filhos de Deus, assumindo a cruz – não somente o peso, mas também a vitória que dela provém. Nós viemos d’Ele – essa é a nossa verdade.

Jesus Cristo é o Senhor!
Quantas coisas o mundo nos impõe, que nos deixa em crise, ansiosos, depressivos… Perante isso, Jesus Cristo é o Senhor das nossas enfermidades, Ele pode nos curar. Vejamos quantos milagres narram os Evangelhos… É preciso crer que o meio para as nossas curas é Cristo.
Ainda, Ele é Senhor da natureza – como na tempestade acalmada (cf. Lc 8, 24-25). É o Senhor da vida, que dá a vida literalmente – como fez com o filho da viúva de Naim, com Lázaro (cf. Lc 7, 14; Jo 11, 43).
É hora de sair do túmulo – da depressão, da doença, do medo, da dúvida de seguir o chamado de Deus!

Decidir-se por Cristo
Talvez somos como o jovem rico – fazendo o que tem de ser feito, frequentando os Sacramentos, praticando pequenas caridades… Mas o “morno”, como diz o Papa Francisco, é aquele que se limita, que se acomodou, que não se decide por Cristo.
Ora, quando tomarmos a decisão por Jesus, diariamente teremos oportunidades para abraçar a fé, e de permitirmos que Ele seja o Senhor de nossas vidas.
Tendo em vista a entrega na Cruz, podemos refletir junto ao saudoso Pe. Leo SCJ: “Quem não sabe o valor que tem, se vende por qualquer preço”. Nosso preço foi o sangue de Cristo!
A cada dia nós necessitamos acolher Jesus como o Senhor, principalmente naquele momento que é “propício” para errarmos. Cristo será aquele que nos conduzirá. Ele nos salva hoje! A graça de Deus pode acontecer hoje! Basta que creiamos que Ele tudo pode.
As chagas de Cristo comprovam para o Pai o reestabelecimento da nossa amizade com Ele… Este é o nosso Senhor! É o Eterno que entra no finito – nós podemos nos tornar eternos em Deus! Não somos daqui, mas de Deus, e desse encontro ninguém pode fugir.
Deixemos que Ele seja o centro do nosso interior, da nossa família, das nossas amizades, dos nossos projetos… O que temos colocado no centro? Tudo o que o mundo pode oferecer? Seja bom ou ruim, deixemos que Cristo conduza nossas vidas, para que voltemos para Deus, e refazer a imagem desfigurada pelo pecado.

Marília Ivina Mendes
Consagrada da Comunidade de Vida Filhos de Sião

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