Missa de corpo presente do Padre Osvaldo Carneiro Chaves

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“Padre Osvaldo procurou viver uma vida de simplicidade. Nunca quis cargo, nunca quis aparecer”

Redação
Correio da Semana

Na manhã de sexta-feira (14) aconteceu a missa de corpo presente do Padre Osvaldo Carneiro Chaves, na capela de Nossa Senhora das Graças. Pe. Osvaldo faleceu na noite de quinta-feira (13) na Santa Casa de Misericórdia de Sobral. A missa foi presidida pelo bispo Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos. A capela de Nossa Senhora das Graças acolheu o clero da Diocese de Sobral, autoridades, amigos, ex-alunos e filhos espirituais do Monsenhor Osvaldo, que procurou viver uma vida de simplicidade e amor ao próximo.
A homilia foi proferida pelo Padre Emidio Moura, que com muito carinho e respeito contou sobre o seu privilégio de conviver com Padre Osvaldo durante 41 anos, observando que ele nunca se preocupou em deixar herança, mas sempre se preocupou em deixar legado, pois legado é aquilo que deixamos nos outros. “É mais rico, mais pleno, quem deixa legado nos outros de que quem deixa herança para os outros” disse Pe. Emidio.
Ainda em homilia, ele citou a aposta que Padre Osvaldo fez com Jesus Cristo. “Um homem que me falou muitas vezes de sua aposta, e eu procurei compreender o que era essa aposta. Ele sempre me falava que tinha feito uma aposta com Jesus Cristo, e que ele apostou nada mais, nada menos, do que sua vida. Eu creio e sou testemunha que o padre Osvaldo foi um cavaleiro da fé que deu dois saltos da fé bíblica. O primeiro salto da fé bíblica é renunciar as comodidades, renunciar aos poderes, renunciar a fama, renunciar o dinheiro pelas realidades transcendentes, as realidades eternas. Padre Osvaldo procurou viver uma vida de simplicidade, nunca quis cargo, nunca quis aparecer” disse.
Próximo ao rito de encomendação do corpo, Dom Vasconcelos expressou sua gratidão a dona Dulce, que cuidou de Padre Osvaldo por cerca de 50 anos. “Particularmente a Dulce que com ele conviveu décadas. Creio que ninguém mais do que ela sentirá a falta, a ausência dele”. O bispo diocesano ainda agradeceu ao Dr. João Evangelista e manifestou a gratidão da Diocese de Sobral, da Universidade Vale do Acaraú, da Santa Casa de Misericórdia e de todos os filhos de Deus independente da classe social. E com a voz embargada, Dom Vasconcelos agradeceu bastante emocionado ao Padre-Mestre Osvaldo.
”Eu quero te agradecer, padre Osvaldo, pelos poucos anos em que convivemos, que trocamos idéias. Quero te agradecer pelo teu testemunho de sabedoria e de humildade. Te respeito para com o sucessor dos apóstolos”, ressalta.
Dom Vasconcelos confidenciou o momento em que padre Osvaldo lhe pediu para sair do hospital, e lamentou profundamente não ter conseguido atender seu pedido. Mesmo cercado de cuidadores, ele chamou pelo bispo diocesano. “Ele quis chamar a mim como um filho chama um pai. Padre Osvaldo, leva em teu coração toda essa diocese de Sobral, todos esses teus amigos, colegas, admiradores. Apresenta a Jesus Cristo e fala do desejo de todos nós, de um dia, encontrar-te a felicidade que não tem fim”, concluiu.

Granjense que amava sua terra
O corpo de Padre Osvaldo chegou ao município de Granja em uma tarde chuvosa ao som das chamadas dos sinos da Igreja Matriz. Filósofo, professor, poeta, mas acima de tudo um granjense que amava sua terra a ponto de escrever o seu hino oficial, nasceu no dia 21 de outubro de 1923, no sítio Angelim, distrito de Sambaiba, município de Granja.
A missa de corpo presente no município de Granja, também foi presidida pelo Bispo da Diocese de Sobral Dom Vasconcelos e co-celebrada por padres da Diocese e padres conterrâneos da Diocese de Tianguá, bem como no Pároco Pe. Francivaldo Gomes. Após a missa foi realizado um cortejo fúnebre em direção ao cemitério local onde foi sepultado.

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