Consumidor consciente

Na sexta-feira (15) foi comemorado o Dia Mundial do Consumidor com muitas atividades informativas e educativas por todo o Brasil. Mais uma vez, a maioria delas estimulava o consumidor a conhecer melhor seus direitos e por eles lutar mais, no que se refere principalmente a bens e serviços adquiridos no comércio. Mas o consumidor também tem deveres a cumprir com seu fornecedor, sendo o principal deles procurar conhecer bem o que vai consumir.
Dessa forma, evitar o mau uso e o desperdício do produto ajudará a extrair dele o melhor e por mais tempo, especialmente quando esse (produto) é fornecido pela Mãe Terra. E para que o cumprimento desses direitos e desses deveres dê bom resultado faz-se imprescindível que cada cidadão se transforme em consumidor consciente.
Talvez com essa preocupação voltada para a Natureza, foi que, acertadamente, a Igreja Católica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, escolheu para a Campanha da Fraternidade de 2017 o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e como lema “Cultivar e guardar a criação”.
Àquela época a situação já justificava a preocupação, uma vez que já consumimos 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se nada fosse feito em termos de redução de consumo e aumento de produção, em menos de 50 anos precisaremos de dois planetas Terra. Isso, se quisermos ter água, energia e alimentos para viver.
Diante dessa dura realidade, que precisa ser divulgada ao máximo, só resta uma atitude radical: todo mundo se transformar em consumidor consciente e tomar consciência do que está causando ao planeta, consumindo de forma errada e/ou exagerada. Vale salientar que passa do tempo de deixar de se preocupar só com direitos do consumidor de móveis e utensílios do lar, pois quanto mais consumirmos mais o fornecer desses produtos cresce e enriquece. Por outro lado, ocorre exatamente o contrário quando o fornecedor é a Mãe Natureza cujo potencial diminui e empobrece, caso consumamos de forma errada ou aumentemos o consumo.
Portanto, mudar é preciso urgentemente. E não é difícil, não! É apenas uma questão de hábito, que começa por pequenas mudanças dentro do próprio lar ou no ambiente de trabalho. Outra coisa: cada um fazer sua parte é pouco. O consumidor consciente é aquele que consegue convencer (ou pelo menos tenta) outras pessoas a seguirem seu exemplo.
Como sugestão, indico um dos mais eficazes princípios: o dos 3R´s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Para conseguir isso, passe a dotar as providências recomendadas pelo Ministério do Meio Ambiente.
– Reduzir significa consumir menos produtos e preferir aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade.
– Reutilizar é, por exemplo, usar novamente as embalagens. Exemplo: os potes plásticos de sorvetes servem para guardar alimentos ou outros materiais.
– Reciclar envolve a transformação dos materiais para a produção de matéria-prima para outros produtos por meio de processos industriais ou artesanais. É fabricar um produto a partir de um material usado.
Já o Instituto Akatu sugeria a inclusão de mais um “R”, que deve ser praticado antes dos 3Rs originais: Repensar. Ou seja: refletir sobre os seus atos de consumo e os impactos que eles provocam sobre você mesmo, a economia, as relações sociais e a natureza.
Tente! Torne-se um consumidor consciente! A natureza agradece.

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