Na última segunda-feira, 1º de maio, iniciamos o mês dedicado a Nossa Senhora, Mãe de Deus. Comemoramos, nesta ocasião o Dia Internacional dos Trabalhadores e, como Igreja, celebramos a festa de São José Operáio. Ele que é o patriarca da Igreja, dentre tantas virtudes e privilégios, é exaltado em sua ladainha como modelo dos trabalhadores.
Neste dia, somos conduzidos a pensar naquela carpintaria, onde o próprio Deus Encarnado trabalhou durante longos anos de sua vida antes de iniciar o seu ministério público, exercendo o ofício que aprendeu com seu pai adotivo. Jesus e José se empregavam nas oficinas de suas labutas diárias, com mãos calejadas e suor no rosto. Podemos até mesmo pensar na Virgem Maria também em sua lida doméstica, trabalhando como uma zelosa dona de casa.
Pensamos, assim, que a Sagrada Família era sagrada também, porque era uma família de trabalhadores. E o trabalho humano, a partir da Encarnação, foi santificado e elevado a um nível de grandeza que não existia antes. Deus tornou-se um homem e trabalhou como um homem. Em sua humanidade, Jesus cumpriu seu humilde ofício de carpinteiro.
E isso é sem dúvida exaltado pela Igreja com a festa deste dia. Certa vez, São Josemaría Escrivá afirmou que esta festa “é uma canonização do valor divino do trabalho”. De fato, o trabalho, cumprido de forma justa e honesta, dignifica o homem e é motivo de honra para Deus.
Nunca deve ser fonte de exploração e nem motivo de desumanizar o trabalhador. E nem mesmo deve ocupar um lugar central na vida como uma prioridade acima de tudo. Jesus aprendeu o lugar próprio do trabalho em sua vida, por meio do adorável exemplo de São José. Apesar da rotina laboriosa, eles tinham tempo para rezar, para descansar, para conviverem em família.
Além disso, a Igreja sempre esteve do lado dos trabalhadores e, ao fazer São José seu patrono, ela quer mostrar que está ao lado dos que muitas vezes são injustiçados, maltratados e recebem um salário indigno para o sustento próprio e de suas famílias. “São José pertence à classe operária e carregou o peso da pobreza por si e pela Sagrada Família, de que era chefe vigilante e afetuoso” (Papa Pio XI).
Que o próprio Deus, que santificou o trabalho com suas próprias mãos, abençoe a todos os trabalhadores e trabalhadoras. Que São José Operário interceda para que haja trabalho digno para todos. E que ninguém seja excluído dos direitos que lhe cabem. Deus está do lado de cada um, pois Ele mesmo em sua condição humana foi trabalhador.

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