As celebrações que marcaram os 60 anos de falecimento de Dom José Tupinambá da Frota, primeiro Bispo de Sobral, tiveram início com os sinos de todas as Igrejas Paroquiais da Diocese de Sobral tocando em memória de seu primeiro Bispo, às 18 horas, conforme Decreto de Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, bispo de Sobral.

Santa Missa
Na Igreja da Sé de Sobral, Dom Vasconcelos presidiu Missa Solene com rito próprio dos Bispos falecidos, concelebrada pelo Pe. Gonçalo Pinho, Vigário Geral, Pe. Herlandino Paiva, vigário da Catedral, Pe. Marcos Uchôa, Pároco da Paróquia do Coração de Jesus e Pe. Jocélio Mendes, Reitor do Seminário São José, com a participação de vários seminaristas que se responsabilizaram pelas leituras e preces, do diretor do Museu Diocesano Dom José, Prof. José Luís Lira, dos sobrinhos-netos de Dom José, Victor Frota e Hilce Girão, da historiadora Giovana Saboya Mont’Alverne, acompanhada do marido, Dr. Alarico Mont’Alverne, José Luiz Melo, do Rotary Club de Sobral, religiosas das Filhas de Sant’Ana e das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus e fiéis. Antes de iniciar a celebração, Dom Vasconcelos incensou a sepultura de Dom José Tupinambá, em frente ao Altar do Santíssimo.
Em sua homilia, Dom Vasconcelos falou da vitória da vida sobre a morte, conquistada por Jesus Cristo, destacando como é maravilhoso ser membro da família de Jesus em uma igreja. Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Una porque ela prega um só Deus, uma só fé, um só batismo. O bispo diocesano lembrou dos 60 anos que Dom José partiu dessa vida para a eternidade, mas ainda é possível sentir a sua presença. “Poderá haver partida que não deixe saudades?” Questionou a todos que estavam na Igreja Catedral da Sé. Para ele, é possível. É aquela partida de alguém que mesmo partindo continua presente. “Há quase 104 anos, nascia a diocese de Sobral. Deus na sua insondável sapiência quis que o seu pastor fosse filho da terra. José Tupinambá da Frota, menino como os outros meninos, correu as estradas empoeiradas da antiga Sobral, deixou-se apaixonar por Jesus. Deixou seu coração abrir-se de amor a Deus e a sua Igreja. Deus escolheu, e ele aqui viveu. Aqui ele foi seminarista, pároco e o primeiro Bispo de Sobral. Ele teve uma missão que as palavras foram poucas para descrever. Dom José Tupinambá da Frota era um homem de visão futurística. Não basta dizer que Dom José Tupinambá da Frota somente construiu grandes obras, o mais importante é que Dom José soube amar, soube formar e se tornou uma figura emblemática, mesmo para aqueles que não são católicos. Soube formar bem o seu clero, como Dom Expedito Lopes, Monsenhor Arnóbio, com causas de beatificação e de canonização abertas, e soube formar homens sábios, como Pe. Sadoc, Pe. Osvaldo, Pe. José Linhares e outros. Soube formar devotos obedientes a Deus. Dom José é o Bispo Diocesano de ontem e de hoje e está presente em toda Diocese” declarou. Ao final leu estrofes do Canto de Dor, escrito por Dom Edmilson da Cruz, então padre, hoje Bispo Emérito de Limoeiro do Norte, na qual o Bispo lembra a saudade e a presença de Dom José. Dom Vasconcelos usou o cálice oferecido pelo Clero de Sobral a Dom José no seu Jubileu de Ouro Sacerdotal e o báculo do primeiro Bispo, na celebração.

Lançamento de Efemérides da Minha Vida
Terminada a Missa, o Bispo se dirigiu ao Museu Diocesano Dom José, onde concedeu bênção solene a todos os presentes e apresentou o livro “Efemérides da Minha Vida”, de Dom José, inédito, destacando sua alegria que aquela obra fosse oferecida ao público leitor. A Professora Giovana Saboya Mont’Alverne que por 18 anos dirigiu o Museu, falou sobre a importância do Museu e de Dom José, dando um testemunho sobre o dia do falecimento de Dom José e ressaltando a importância do livro lançado. Tanto a Profa. Giovana quanto Dom Vasconcelos parabenizaram a iniciativa do Diretor do Museu, Prof. José Lira, por ter organizado a publicação e pelo trabalho que vem desempenhando no Museu.
José Luís Lira agradeceu a presença de todos, destacando agradecimentos a Dom Vasconcelos, a Profa. Giovana pelas palavras de incentivo e à equipe do Museu. Comentou sua alegria de ver o livro publicado. Ele encontrou o original no Museu, original já era do conhecimento dos biógrafos de Dom José e dos diretores anteriores do Museu, mas, permanecia inédito. Dom Vasconcelos que presidiu a solenidade encerrou agradecendo a presença de autoridades, sacerdotes e religiosas, além dos muitos admiradores de Dom José. Cerca de 150 pessoas compareceram ao evento que se inseriu na 13ª Primavera dos Museus.

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