Sobral: Primeira festa da Divina Misericórdia é realizada na Comunidade Jesus Misericordioso

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A futura paróquia dedicada a Jesus Misericordioso celebrou de 06 a 16 de abril a festa de seu padroeiro no espaço Domus, no bairro Antônio Carlos Belchior. A solene celebração da Festa da Divina Misericórdia foi presidida por Dom Vasconcelos, no findar da tarde deste domingo, 16/04.

A Festa da Divina Misericórdia foi instituída em toda a Igreja no ano 2000 pelo Papa João Paulo II.  A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou a decisão do Papa por meio de um Decreto. O documento dizia: “Nos nossos tempos, em muitas partes do mundo os fiéis cristãos desejam louvar a divina misericórdia no culto divino, especialmente na celebração do Mistério Pascal, no qual a amável benevolência de Deus resplandece de maneira especial. Atendendo a esses desejos, o Supremo Pontífice João Paulo II graciosamente determinou que no Missal Romano, após o título Segundo Domingo da Páscoa, seja doravante adicionada a denominação “ou Domingo da Divina Misericórdia” e prescreveu que os textos assinalados para o dia no mesmo Missal e na Liturgia das Horas do Rito Romano devem ser sempre utilizados para a celebração litúrgica desse Domingo”. Com seu decreto, João Paulo II estava permitindo que a luz da misericórdia de Deus alcançasse a todos os cristãos.
Durante os novenários, a cada noite diversos sacerdotes puderam contribuir com o retiro espiritual. Na festa de encerramento, estiveram concelebrando com o bispo diocesano, Pe. João Paulo, pároco da SÉ Catedral; Pe. Livandro Monteiro, missionário da comunidade shalom; Pe. Ítalo Arcanjo e Pe. Uli Endres, ambos vigários paroquiais da Paróquia da Sé e o diácono permanente, Edmar Filho. Caravanas do Distrito de São José do Torto, Patriarca, Mutuca, Lagoa Queimada, Alegre e Fazenda da Esperança participaram deste dia festivo, bem como os paroquianos da Paróquia da Sé, comunidade Shalom e moradores do bairro Belchior.
Dom Vasconcelos iniciou a celebração relembrando como tudo começou. “Na época chamei o Pe. Lucione e Pe. Herlandino, ambos estavam ainda na Paróquia da Sé, para verem esta grande comunidade e disse que aqui a igreja precisava marcar presença. Eu os incentivei e hoje Pe. João Paulo, Pe. Uli e Pe. Ítalo estão dando continuidade a este trabalho. É a primeira festa desta futura paróquia. Deus é providente e o homem precisa ser previdente. Estávamos pensando em como íamos celebrar a primeira festa da misericórdia se estivesse chovendo, e Deus providenciou e chamou um homem previdente, Pe. Ítalo. Eu havia enviado o Padre Ítalo à Espanha para estudar, e quando estava concluindo, lhe dei esta missão na comunidade Jesus Misericordioso. Ele se entregou nas mãos da divina providência, por isso estamos aqui para louvar e glorificar a Deus, para unir nossas vozes com as da corte celestial cantando glória a Deus”, disse. Toda a assembleia em clima de festa cantou louvores a Deus por tamanha graça recebida em todos esses dias de festa e por essa nova paróquia que acaba de nascer.
Na homilia, o bispo diocesano citou a importância da Páscoa e do quanto significa a Festa da Divina Misericórdia. “A nossa páscoa não é simplesmente uma comemoração de um acontecimento passado, embora tenha sido o mais importante para toda a humanidade, o dia em que a vida triunfou definitivamente sobre a morte na pessoa de Jesus. Este é o acontecimento mais importante para a existência humana. A nossa vida é como uma vela que acendemos, mas basta um sopro e ela se apaga, e assim seria se Cristo não houvesse ressuscitado, a nossa morte seria o fim de tudo, mas assim não acontece porque Cristo verdadeiramente ressuscitou. São João Paulo II canonizou Santa Faustina e ele foi canonizado no Domingo da Divina Misericórdia. O evangelho de hoje nos trás muitas lições, se nós fôssemos nos aprofundar iríamos ficar aqui em mais uma oitava da páscoa. Quando celebramos a Páscoa nós celebramos a ressurreição de Jesus e também a nossa, pois Jesus vai nos revelar o que acontece com os ressuscitados, com aqueles que receberam a graça da salvação, que é sinônimo de vida eterna. A ressurreição de Jesus e a nossa não é uma alma, sem corpo; assim como ele ressuscitou nós também ressuscitaremos em nossa totalidade, em corpo, alma e espírito. Uma outra lição é que Jesus quis mostrar a Tomé e a nós hoje que ele venceu a morte pela corporeidade e que ele podia ser tocado”.
A jovem Caroline, acolhida da Obra Lúmen, deu seu testemunho mencionando como a misericórdia de Jesus a salvou da vida que antes levava. Aos 15 anos teve uma infância boa e ruim ao mesmo tempo, família desestruturada, a mãe vivia na umbanda e o pai no crime. Provou de ambos os lados, usou drogas, foi presa… “Não façam prova de Deus como eu fiz. Eu pedia a Deus para me tirar dessa situação. Eu conheci uma obra que vive o que prega, a obra lúmen me abraçou”. E ao final Dom Vasconcelos disse que esta é a igreja da misericórdia.
Por fim, houve a benção das crianças com os “pequeninos da misericórdia”, assim como dos quadros e ícones de Jesus Misericordioso. Pe. Ítalo apresentou aos sacerdotes e a todo o povo de Deus o projeto do Santuário da Divina Misericórdia e agradeceu a contribuição de todos que se empenharam para que essa festa pudesse acontecer.
Thais Helena – Redação Jornal Correio da Semana

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