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Neste domingo, 4 de agosto, celebramos no Brasil e em muitos outros países, o dia do Padre, do Sacerdote, do Pároco. São Paulo, apóstolo, define bem o sacerdote, “tomado dentre os homens, é constituído em favor dos homens naquelas coisas que se referem a Deus para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados” (Hb 5, 1). A data é a festa de São João Maria Batista Vianney, o Santo Cura d’Ars, cuja beatificação nosso primeiro Bispo, Dom José Tupinambá, assistiu.
Ao tratar do Pe. Jean-Marie Baptiste Vianney (Nascido em 8/05/1786, descansando da vida terrena, há 160 anos, na noite de 4/08/1859, em Ars, França), em “A Alma de Todo Apostolado”, Dom Jean-Baptiste Chautard afirma, “Joannes quidem signum fecit nullum[João não fez milagre algum – Jo 10,41]. Sem fazer nenhum milagre, João Batista atraía as multidões. Bem fraca era a voz de São Vianney para se fazer ouvida da multidão que em volta dele se apinhava e, sem embargo, se o não ouviam, viam-no, viam uma custódia de Deus, e só essa vista subjugava e convertia os assistentes. Voltava de Ars um advogado. Como lhe perguntassem o que mais tinha impressionado, respondeu: ‘Vi Deus num homem’” (São Paulo: FTD, 1962, p. 118).
Cura d’Ars teria frequentado a escola por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Aprendeu a língua francesa, pois falava um dialeto regional. Para seguir a vida sacerdotal, enfrentou muita oposição do pai. Mas, com a ajuda do pároco, aos 20 anos, foi para o Seminário onde a falta de instrução foi um desafio. Seus superiores não viam nele inteligência para acompanhar os seminaristas na Filosofia e Teologia. No entanto, Vianney era exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Em 1815 foi ordenado sacerdote. Deus o transformou num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve. Em 1818, numa carroça, transportando poucos pertences e livros, seguiu para a então aldeia de Ars. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino-pastor dizendo: “Me mostras o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu”. Hoje, monumento na entrada da cidade lembra esse encontro. Ele não possuía beleza física, mas, os que o viam faziam coro ao advogado que lá esteve: enxergavam Deus num homem.
Embora ser humano, pela ordem sacerdotal, o Padre se torna um ser que nos liga aos mistérios sagrados. Por suas mãos, recebemos o corpo e o sangue de Jesus, Filho de Deus. Lembro-me do querido Mons. Sadoc de Araújo, do saudoso Mons. Antonino Soares e de tantos outros, que se dedicaram inteiramente à Causa do Reino de Deus e aqueles cujos testemunhos da santidade são tão fortes que os tornamos eternos em nossas memórias. Recordo-me de um sacerdote de quem assisti a apenas uma Missa, acho que era ele, mas, que aprendi a amar e a admirar por meio das religiosas da Congregação das Missionárias Reparadoras do Coração de Jesus, instituição criada por ele, Servo de Deus Joaquim Arnóbio, falecido em 1985, sempre reverenciado quer por quem o tenha conhecido ou não e que há um ano o Sr. Bispo, Dom Vasconcelos, autorizou os estudos de abertura de sua Causa de Beatificação e de Canonização, cuja abertura oficial será em setembro próximo.
Parabéns a todos os Sacerdotes! Nosso carinho e nossa Prece!

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