Salmito Campos

A paciência, como virtude, refere-se à capacidade de suportar com calma e serenidade contratempos, dificuldades e situações desagradáveis, sem perder o autocontrole ou a concentração. É a tolerância ante a adversidade, a capacidade de esperar e de não se deixar levar pela impaciência ou pela ira.

Elementos da Virtude da Paciência:
Controle emocional: A paciência implica ter domínio sobre as próprias emoções, especialmente em situações que despertam a irritação ou a raiva; Tolerância: A paciência envolve a capacidade de tolerar os erros alheios, as contradições e as dificuldades, sem reagir de forma impulsiva ou agressiva; Resiliência: A paciência permite lidar com as adversidades de forma mais resiliente, transformando a dor em aprendizado e crescimento pessoal; Espírito de perseverança: A paciência está intimamente ligada à perseverança, à capacidade de não desistir diante dos obstáculos, mas de continuar a lutar por seus objetivos.

Benefícios da Paciência:
Melhora a comunicação: A paciência permite uma escuta mais atenta e um diálogo mais construtivo, evitando conflitos e promovendo a compreensão mútua; Facilita a resolução de problemas: A paciência permite analisar as situações com mais calma e clareza, encontrando soluções mais adequadas e eficazes; Fortalece o caráter: A paciência é uma virtude que refina o caráter, tornando-o mais forte, resiliente e capaz de suportar os desafios da vida; Contribui para a paz interior: A paciência ajuda a manter a tranquilidade diante das dificuldades e a encontrar a paz interior, mesmo em meio à turbulência da vida.
Em resumo, a paciência é uma virtude fundamental para o desenvolvimento pessoal e para a convivência em sociedade, pois permite que se lidem com as dificuldades e contratempos de forma mais equilibrada e construtiva. (IA).

Como Crescer Na Virtude da Paciência
Há muita gente que se orgulha dos vícios que possui e fala das virtudes como motivo de vergonha.
“Eu sou teimoso mesmo. Se sei que estou certo, não me dobro, vou até o fim na minha opinião.” “Gato escaldado tem medo de água fria. Eu mesmo não confio em ninguém.” “Fulano é um coitado. O povo abusa da bondade dele e ele sempre perdoa. Pise no meu calo para ver. Podem se passar dez anos que eu não esqueço.”

A falta de paciência.
Muito possivelmente a paciência seja a virtude que mais sofra com isso. Nas redes sociais, nos filmes, nas conversas cotidianas, a falta de paciência – seja para lidar com as pessoas, seja para esperar por algo – é exaltada como própria das pessoas de personalidade, de iniciativa, gente forte e firme, o “líder da matilha”, que resolve e “bota a coisa para andar”. “Eu não tenho paciência mesmo! Canso de brigar na fila do banco quando passa dos dez minutos.” “Detesto trabalho em grupo, porque não tenho paciência para esperar pelo outro. Aí vou e faço tudo sozinho.”
Ser paciente é ser fraco, frágil, sem energia, coisa de quem se deixa conduzir pela vida e pelos outros, de quem não tem personalidade. Nada mais distante da verdade!

Exemplos de paciência.
São Paulo coloca a paciência como o primeiro dos atributos do amor no famoso hino do capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios; Santa Teresa d’Ávila escreveu que “a paciência tudo alcança” e Santo Agostinho disse que “não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”; São Gregório Magno disse que “todos os santos foram mártires ou pela espada ou pela paciência” e Santo Antônio disse que “a paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda perturbação”.
Para encerrarmos os exemplos dos santos, vale refletir sobre o belíssimo exemplo de São Francisco de Sales, conhecido pela sua mansidão e paciência. Depois da sua morte descobriram que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque seu temperamento era forte e ele preferia arranhar a mesa a responder sem mansidão e perder a paciência com as pessoas. (https:/formação.cancaonova.com).
Prof. Salmito Campos – (jornalista e radialista).

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