Sobral suspende vacinação para grávidas; Secretaria da Saúde do governo recomenda que prossiga com Coronavac e Pfizer

0
transferir

Por Samuel Carvalho – Redação Correio da Semana

A secretaria de saúde de Sobral paralisou o andamento da vacinação contra a Covid-19 em mulheres grávidas, grupo que havia começado a ser contemplado na última semana. A medida foi feita após recomendação nessa seguda-feira (10) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para suspensão imediata da aplicação da vacina da AstraZeneca/Oxford em gestantes, que alegou investigar a morte de uma grávida que havia feito uso do imunizante.
A secretaria de saúde de Sobral informa que o processo foi paralisado, e o órgão aguarda agora por nota técnica da agência de vigilância. A orientação dada pelo Minstério da Saúde do Estado nessa quarta-feira (12) é que a vacinação ocorra com a aplicação das vacinas CoronaVac e Pfizer/BioNTech. A decisão é semelhante a repassada pelo Ministério da Saúde que anunciou nesta terça-feira (11) que a vacinação de grávidas e de puérperas no Brasil deve acontecer apenas para mulheres com comorbidades (doenças pré-existentes) e elas devem receber exclusivamente as vacinas CoronaVac e Pfizer.
“Não há nenhum efeito adverso em literatura com as outras duas vacinas [CoronaVac e Pfizer]. E gestantes, mesmo sem risco habitual, elas têm um potencial, possibilidade de complicação, de morbidade e de letalidade. Portanto, no Ceará a recomendação é que se siga aquilo que a literatura internacional […] continua recomendando: gestantes e puérperas devem ser vacinadas, nós devemos manter no calendário de vacinação, independente de haver comorbidade ou não” declarou Liduina Rocha, assessora técnica da Sesa e consultora da Escola de Saúde Pública sobre a decisão técnica do governo do Estado.
Até a terça-feira (11) de acordo com monitoramento de Eventos Adversos Pós-Vacinação (EAPV) COVID-19 no Ceará não detectou complicações da AstraZeneca em gestantes, declarou a secretaria. Para a continuidade da aplicação dessa vacina a Sesa também sinalizou que aguarda um posicionamento oficial do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
No estado, 27 cidades vacinaram gestantes, possivelmente na primeira e segunda fase da imunização. “Gestantes e puérperas devem ser vacinadas. Nós já vínhamos mantendo no calendário de vacinação, independente de haver comorbidade ou não. Reações graves são extremamente raras”, detalhou a assessora técnica da Sesa.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *