Europol desarticula rede internacional que aplicava milhões de golpes por telefone

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Uma rede criminosa que fraudou milhões de dólares de centenas de milhares de vítimas em vários continentes por meio de telefonemas fraudulentos foi desmantelada em uma operação policial internacional, anunciaram a Scotland Yard e a Europol nesta quinta-feira (24).

As perdas totais a nível mundial ultrapassam os 100 milhões de libras (119 milhões de dólares, 115 milhões de euros) e 142 suspeitos foram detidos, informou a agência de cooperação policial da União Europeia. Liderada pelas autoridades do Reino Unido, a operação internacional contou com a colaboração do FBI dos EUA e das polícias de vários países da UE, Austrália, Canadá e Ucrânia, informou a Europol.

Esta é a maior operação antifraude já realizada pela polícia britânica, segundo a Scotland Yard.Somente no Reino Unido, mais de 100 pessoas foram presas, principalmente por fraude. Entre eles está Teejai Fletcher, de 34 anos, suposto organizador da plataforma iSpoof, que facilitou golpes em grande escala. O número de vítimas potenciais sobe para mais de 200.000, com perdas de dezenas de milhões de libras somente no Reino Unido. A quantia média de dinheiro fraudado individualmente é de 10.000 libras. O site iSpoof vendia ferramentas de computador para criminosos que permitiam que eles se passassem por representantes de grandes bancos ou instituições, exibindo números de telefone confiáveis de bancos, repartições fiscais ou agências governamentais para obter dinheiro ou códigos de acesso a contas bancárias por telefone ou SMS.Os fraudadores que usam a plataforma pagam em bitcoins, entre 150 e 5.000 libras, dependendo do serviço adquirido. Até agosto deste ano, foram realizadas 10 milhões de ligações em todo o mundo, 40% delas para os Estados Unidos e mais de 30% para o Reino Unido. “O uso da tecnologia por criminosos organizados é um dos maiores desafios do século XXI”, disse o chefe da polícia de Londres, Mark Rowley. As autoridades continuam investigando para localizar mais usuários da rede fraudulenta.As prisões “enviam uma mensagem aos cibercriminosos de que eles não podem mais se esconder atrás do anonimato internacional”, disse Catherine de Bolle, diretora-geral da Europol.

 

AFP

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