Imaculada: Maria de Deus, Maria do povo

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Nesta quinta (08), celebramos a Bem-Aventurada Virgem Maria e proclamamos a sua Imaculada Conceição, padroeira de Sobral e de toda a diocese. Recordamos a mulher mais agraciada da história, escolhida e preservada por Deus de todo pecado, a fim de que, na Encarnação, seu Filho tivesse uma digna habitação no casto seio da Virgem.
Em 1854, o Papa Pio IX proclamou como dogma de fé que, desde a sua concepção, Maria já havia sido escolhida por Deus para que não carregasse em si mácula alguma do pecado original. Tal fato impulsionou ainda mais a devoção do nosso povo em venerar Nossa Senhora da Conceição.
Não é tão difícil entender que, para ser a Mãe do Salvador, para poder aceitar livremente a vocação maternal que o Anjo lhe apresentou na Anunciação, Maria tivesse recebido de Deus, desde o primeiro instante de sua existência, “esplendores de santidade absolutamente singulares” (Lumen Gentium 56). E foi justamente a santidade do Filho que causou a santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte.
Com isso, toda a Igreja, todo o povo de Deus, proclama, em suas orações, hinos e cânticos, que ela é Imaculada. Em meio às trevas do pecado humano, Maria fulgura como uma estrela luminosa, ornada por Deus com a mais sublime perfeição. É como um lírio de pureza que nasceu entre os duros espinhos do pecado.
De fato, todos os seres humanos são frutos de um pensamento de Deus, quanto mais Nossa Senhora deve ter sido escolhida e preparada desde sempre. Ela foi a terra a qual o divino agricultor cuidou para depositar a semente da salvação, de tal forma que o pecado não deformou a imagem de glória que o Criador havia posto nela.
Por isso, ela ganhou a exaltação da fé católica e por todas as gerações ela é proclamada Bem-Aventurada. Sua integridade compensa, diante de Deus, a nossa corrupção e, pela sua humildade, podemos alcançar o perdão para a nossa vaidade. E o próprio fato de ela ter-se colocado inteiramente ao dispor de Deus foi uma atitude de seu coração que muito nos tem a ensinar.
Assim, além de ser Maria de Deus, tornou-se também Maria do Povo ao ser chamada de refúgio dos pecadores, consoladora dos aflitos, esperança e advogada nossa, a causa de nossa alegria. E de tantas outras formas Maria recebe a louvação dos Filhos de Deus.
Portanto, nesse mundo que esqueceu as coisas puras, Maria possa ser exaltada em sua pureza e ternura de Mãe. Ela que acolheu a Jesus, possa também acolher a nós pecadores. E de nossa parte, possamos aprender dela todas as virtudes que a fizeram tão admirável aqui na terra e tão gloriosa no céu.

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