Padre Zezinho comemora os 50 anos de dois sucessos Fonte: Gravadora Paulinas-Comep

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É impossível um católico no Brasil não conhecer estas duas canções: “Amar como Jesus amou” [https://bfan.link/historias-que-eu-conto-e-canto] e “Maria de Nazaré” [https://bfan.link/historias-que-eu-conto-e-canto]. Só de mencionar, a letra e melodia vêm automaticamente desses grandes sucessos de Pe. Zezinho, scj, que completam 50 anos em 2024.
Até hoje, grande é a repercussão, indo além de gerações e nações: as músicas foram gravadas em italiano, espanhol e francês e inglês e interpretadas por inúmeros artistas brasileiros e estrangeiros.
Originalmente, as canções foram lançadas no LP “Histórias que conto e canto” [https://bfan.link/historias-que-eu-conto-e-canto] e, depois, relançadas em outros álbuns, mas sempre com a marca de milhares de cópias vendidas, seja em LP, K7 ou CD. Já na era digital, cada uma das músicas “Amar como Jesus amou” e “Maria de Nazaré” possuem mais de 10 milhões de streams acessos nas diversas plataformas digitais. Sem contar nas inúmeras réplicas feitas pelo povo nas redes sociais.

Pe. Zezinho, scj com o LP “Histórias que eu conto e canto” de 1974 (Foto: Juliene Barros)
Uma revolução na música para a catequese
O que, de repente, muita gente não sabe é que a música voltada para as crianças foi composta de forma bem inesperada. Pe. Zezinho, scj estava em turnê pela Europa. Em Portugal, após uma conferência na cidade de Coimbra, uma menina, junto com o pai, veio mesmo com o papel e caneta na mão e perguntou ao padre como era a vida de Jesus. Ele, tentando falar no sotaque portugês, respondeu: “Se queres saber como Jesus era, tens que amar como Jesus. E não só: tu tens que pensar como Jesus! Tu tens que sorrir como Jesus e dormir em paz como Jesus”.
“Ah, que lindo! Eu quero escrever!”: foi a resposta da menina. Um encontro que ficou marcado no coração do sacerdote e, já no dia seguinte, ele compôs a canção.
Era 1974, ano da Revolução dos Cravos, quando teve fim a ditadura no país português. “Amar como Jesus amou” foi logo apresentada na Paróquia de Arroios em Lisboa e foi e é uma revolução até aos dias de hoje.
Uma música fruto de uma experiência simples e, ao mesmo tempo, concreta. Uma letra que apresenta o passo a passo de como ser feliz!

Maria de Nazaré nasceu do coração do povo
Pe. Zezinho, scj era pároco na Igreja São Judas em São Paulo quando, aos poucos, alguns versos surgiram. Mas ele sentia que faltava alguma coisa… Passou um tempo e, na viagem a Portugal, lembrou que poderia apresentar uma melodia suave à Nossa Senhora. Ainda não tinha letra. O intuito era “cantarolar” como crianças para a Mãe de Deus.
Entretanto, o próprio povo foi dando mais forma à composição e, daquela melodia, saiu: “Ave-Maria, Ave-Maria, Ave-Maria, Mãe de Jesus”. Ainda faltava algo, porém, pouco a pouco, verso por verso, o sacerdote completou a canção.
Os cravos da revolução foram sinal de liberdade em Portugal. Maria de Nazaré foi a mulher mais livre de todas porque entregou-se absolutamente à vontade de Deus. Só de cantar essa música, cada pessoa sente o desejo de oferecer flores à Mãe de Deus: “Maria que eu quero bem, Maria do puro amor; igual a você, ninguém, mãe pura do meu Senhor”.
Por Gracielle Reis

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