“Pátria Amada não pode ser Pátria armada”, exorta arcebispo de Aparecida durante feriado nacional da Padroeira do Brasil

Por Samuel Carvalho
Redação Correio da Semana
Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, em São Paulo, durante o feriado de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, fez um apelo ao não armamento da população no País. “Pátria amada não pode ser pátria armada”, disse o pároco durante o sermão da missa das 9 horas, no santuário da Arquidiocese.
Nas palavras do Bispo do santurário da Arquidiocese, para ser pátria amada, é preciso ser “pátria sem ódio”. “Para ser pátria amada, uma república sem mentira e fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”, afirmou Dom Orlando Brandes.
Durante o sermão o bispo também lamentou as perdas pela pandemia do coronavírus, lamentou a marca de 600 mil mortes por Covid-19 no País e defendeu a vacinação e a ciência. “Mãe Aparecida, muito obrigado porque, na pandemia, a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina, sim, ciência, sim, e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro”, celebrou. Além dessas falas, o aumento da pobreza e da fome nos últimos anos também foram pautas da homília de Dom Orlando Brandes. “Quero pedir que cada um de nós abrace o Brasil. Abrace o nosso povo”, pediu o arcebispo.
Após as críticas indiretas de Dom Orlando ao Governo Federal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) compareceu ao santuário de Aparecida. Segundo o G1, o presidente estava de máscara e só retirou o item para fazer uma leitura diante da igreja.
A imprensa também questionou ao arcebispo se o sermão era um recado para Bolsonaro. Ao que ele respondeu ser uma mensagem para todos os brasileiros. “Respeitamos as autoridades mesmo discordando e falamos com a doutrina da igreja. Nós estamos quebrando a aliança com o ódio e a corrupção e para confirmarmos a nossa República e a democracia”, disse o religioso.



