Lula recebe Nicolás Maduro no Palácio do Planalto

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, desembarcou em Brasília às 21h24 deste domingo (28.mai.2023).

Ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participarão de reunião bilateral na 2ª feira (29.mai) às 10h, no Palácio do Planalto. Depois, o venezuelano será recebido em almoço no Itamaraty. Maduro pousou na Base Aérea de Brasília e foi recepcionado pela embaixadora Gisela Maria Figueiredo Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, e pelo embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vicente Vadell Aquino. O chefe venezuelano chegou acompanhado da primeira-dama Cilia Flores.

É a 1ª vez que Maduro vem ao Brasil desde 2015, quando participou da posse da ex-presidente Dilma Rousseff. Em 2019, ele foi proibido de entrar no país pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao romper com o país vizinho. O próprio Bolsonaro, no entanto, revogou, em 30 de dezembro de 2022, o decreto que impedia a entrada de integrantes da administração de Maduro em território nacional.

A revogação tinha como objetivo permitir que Maduro viesse ao Brasil para participar da posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. Como a proibição caiu em cima da hora, não houve tempo de Caracas organizar a comitiva presidencial. Desde sua posse, Lula retomou os laços diplomáticos com a Venezuela. Em janeiro, o governo reabriu a embaixada do Brasil em Caracas, capital da Venezuela.

O assessor especial da presidência para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, visitou a cidade em março e se reuniu com Maduro. Também teve encontros com integrantes da oposição. Na época, disse ter visto um “clima de incentivo à democracia”. A visita não foi informada previamente pelo Itamaraty e nem pelo Palácio do Planalto. Na 3ª feira (30.mai), Maduro participa da reunião com os presidentes dos países da América do Sul. O encontro será realizado ao longo de toda a próxima 3ª feira (30.mai) no Itamaraty. Lula participará de todo o evento.

 

 

A iniciativa de convidar os presidentes dos 12 países da região partiu do governo brasileiro. Lula vai propor aos demais chefes de Estado a criação de um novo mecanismo de coordenação com a participação de todas as nações do continente sul-americano. O objetivo é retomar um espaço de deliberação conjunta para a integração regional, a despeito das divergências políticas entre os governos. Será o 1º encontro com todo o grupo desde 2014, quando houve a última reunião da Unasul (União das Nações Sul-americanas) com todas as nações do bloco.

 

 

Por Márcio Gomes (Redação Jornal Correio da Semana)

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